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Novembro Azul: Prevenção além do câncer

Campanha de conscientização já vai além do câncer e trata de cuidados em geral da saúde masculina.

O mês de novembro é marcada pela conscientização em relação à prevenção do câncer de próstata, uma data que vem ganhando cada vez mais destaque em todo o mundo, especialmente por se tratar de um tumor totalmente silencioso e que exige cuidados preventivos para a cura completa do paciente.

Esse também é o tipo de câncer que mais acomete e mata homens em todo o mundo.

O urologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Sandro Nassar, explica que a data se relaciona em especial com o câncer, mas também tem a ver com todos os cuidados em relação à saúde masculina.

“O novembro azul, mais do que despertar a procura pelo tratamento e pela prevenção do câncer de próstata, passou a gerar uma preocupação com a saúde masculina de um modo mais abrangente. Esse é o grande significado. É mais do que simplesmente a procura pelo tratamento e pela prevenção do câncer de próstata”, destaca.

Em relação ao câncer de próstata, o médico explica que o preconizado pela Sociedade Brasileira de Urologia é que o check-up de próstata deve ser feito anualmente a partir dos 50 anos.

Caso haja algum histórico de câncer na família (pais, irmãos, avós), o ideal é iniciar o acompanhamento com cinco anos de antecedência, aos 45 anos.

“Os principais fatores de risco estão ligados a alterações genéticas que podem predispor o surgimento do câncer, então é um fator muito importante a ser considerado. A gente também sabe que a população tem um risco aumento de desenvolvimento do câncer de próstata, tanto que pedimos a esse público para começar a fazer a avaliação cinco anos antes”, reforça.

O principal objetivo dos exames preventivos é verificar a possibilidade do câncer precocemente, já que não há nenhum sintoma perceptível.

A importância da identificação precoce do câncer é justamente evitar que o câncer esteja metastático, ou seja, já tenha se espalhado para outros órgãos.

É só em uma fase mais avançada que haverá qualquer tipo de sinal ou sintoma.

“Mas o que a gente percebe é que a maioria dos homens hoje, a partir dos 40, já iniciam essa prevenção, a fim de iniciar o autocuidado. O check-up deve ser feito anualmente e aí a gente acaba abrangendo as várias áreas, não só a questão da próstata, mas a gente acaba fazendo exames gerais para ver como está a saúde masculina. Também é importante cuidar da saúde em geral e manter hábitos saudáveis em relação à hidratação, alimentação e atividades físicas”, detalha o especialista.

Sandro afirma que o preconceito existente com relação à realização do toque retal no check-up de próstata já foi muito presente, mas que hoje essa é uma preocupação menor por parte dos homens, apesar de ainda haver muito humor relacionado ao tema.

Ele afirma que isso também vem diminuindo por um fator preponderante: a tecnologia.

“Cada vez mais nós fazemos menos exames de toque, porque com o avanço da medicina e novos métodos de identificação e de detecção do câncer de próstata, o toque retal vem perdendo força. E o que a gente percebe é que dentro, em breve, já não precisaremos mais fazer exame de toque. É uma coisa que vem gradualmente se modificando e vai progressivamente perdendo a sua importância”, ressalta.

Tratamento e tecnologia

Para o tratamento do câncer de próstata o principal meio é a cirurgia que hoje pode ser feita de maneira minimamente invasiva e com rápida recuperação para o paciente.

O Hospital Edmundo Vasconcelos possui o equipamento Da Vinci Xi, para cirurgias robóticas que farão a retirada do câncer de próstata.

Também há alternativas da radioterapia, em que ocorre a queima e destruição do tecido prostático e do tratamento do bloqueio hormonal, em que há o bloqueio na emissão de testosterona, principal hormônio responsável por espalhar o câncer.

“As medicações e os hormônios têm uma finalidade de tratamento. Você já não vai mais conseguir curar esse paciente, enquanto com radioterapia e cirurgia você consegue curar o paciente e tratar definitivamente a doença”, aponta.

Outro método de tratamento é o da vigilância ativa, em que o médico pode acompanhar a doença ainda em um estágio muito inicial em células com baixa capacidade ou risco de metástase.

“Você pode acompanhar esse paciente e caso o comportamento da célula mude ou tenha uma característica mais agressiva, você também pode mudar o tratamento”, finaliza.

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