A espera para receber uma mensagem no celular, a leitura do mapa astral de uma futura parceira e os conceitos imprecisos da palavra “ficante” são experiências comuns às novas gerações que vivenciam o romance.
Estas bagagens se tornaram versos do livro Minha mão na sua boca e um verso sobre o amor, que reúne 78 poemas de Elisa Marques sobre um dos temas mais universais da humanidade.
A obra é dividida em capítulos que atravessam as diferentes fases de um relacionamento, desde os intensos e felizes começos como meu estilo literário é você até as frustrações e expectativas não correspondidas em eu ainda não te escrevi coisas ruins.
Em uma mistura de ficção e autobiografia, a escritora utiliza esta linha narrativa para navegar por experiências amorosas que iniciam com a inocência da amante e reverberam em um amadurecimento pessoal.
fui para minas
Minha mão na sua boca e um verso sobre o amor, p. 32.
e amei a menina do doce de leite
fui para o rio
e amei a menina da praia do arpoador
fui para o maranhão
e amei a menina do guaraná jesus
fui para a bahia
e amei a menina
da chapada diamantina
eu ainda vou para tocantins
só para aprender a amar você
Com declarações apaixonadas e desabafos às mulheres, a autora apresenta uma miscelânea de referências.
Inspira-se na música Mania de Você, de Rita Lee, ao passo que traz conteúdo da cultura clássica quando cita a eterna discussão acerca das sensações evocadas pelas composições de Beethoven.
Também dedica um texto a uma relação simbólica no universo literário: a da poetisa Emily Dickinson com a cunhada Susan Gilbert, que até hoje gera dúvidas sobre se elas eram somente grandes amigas ou parceiras românticas.
Além das ilustrações de Thales Campos (veja abaixo), que transmitem em imagens os sentimentos da produção poética, a obra ainda conta com prefácio do escritor e professor de escrita Luca Brandão e com endosso do autor best-seller de quatro livros e TEDx Speaker, Guilherme Pintto.
Uma ode ao amor sáfico, o lançamento de Elisa Marques traduz as emoções sentidas por todos os que se permitem viver a completa intensidade, boa e ruim, das relações.