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Escritor escreve sobre saudade do Pelé e paixão pelo futebol

Jovem fanático volta no tempo para assistir a uma partida de futebol na ficção No tempo que o rei jogava, do autor paranaense Amauri Marcondes de Oliveira.

Pelé é uma dessas figuras que permanecerá para sempre no imaginário brasileiro e mundial.

Denominado como “Rei do Futebol” e considerado por muitos o maior atleta de todos os tempos, ele é uma inspiração para os amantes do esporte de qualquer geração – inclusive os jovens que nunca o viram em campo.

É o caso de Léo, torcedor do Santos, fã do Pelé e protagonista do livro No tempo que o rei jogava, do autor paranaense Amauri Marcondes de Oliveira.

Na história, ele tem a oportunidade única de ver o jogador em uma partida do time paulista e agarra a chance, mas antes passará por uma série de problemas ao lado da irmã, Luciana.

Os dois, por exemplo, se tornaram órfãos recentemente: em um dia qualquer, quando voltaram da escola, a mãe estava morta na cozinha.

Por isso, foram viver com uma tia no interior de São Paulo, e é neste lugar que encontram um objeto capaz de realizar viagens no tempo.

“O que será de nós, Léo? — perguntou Luciana olhando para os pedestres através do vitrô da janela. A maioria daquelas pessoas estavam voltando para casa, depois de um exaustivo dia de trabalho. E eles? Nem casa tinham naquele momento. Também não tinham pai, não tinham mãe, não tinham ninguém. Só uma tia velha, que nem sequer conheciam. Nem ao menos uma foto para saber dos traços fisionômicos da tia-avó eles possuíam.”

No tempo que o rei jogava, pg. 16

Com a possibilidade de voltar ao passado, decidem assistir a uma partida de futebol do ídolo de Léo.

O problema é que, neste percurso, terão que fugir de um assassino que fará de tudo para se livrar de seus rastros incriminadores.

A partir desse contexto, em uma narrativa de ficção científica, Amauri Marcondes de Oliveira trata de assuntos como o processo de luto, a importância das amizades, os laços familiares, a busca por um sonho e as consequências de uma sociedade violenta.

No tempo que o rei jogava é a quinta publicação do escritor, que desenvolveu o gosto pela leitura e depois pela escrita mesmo com pouco acesso à educação formal.

Nascido em Corbélia, zona rural do Paraná, ele precisou deixar os estudos cedo para ajudar no sustento da família.

Atualmente, divide o tempo entre o trabalho como pedreiro e a escrita e é autor também dos livros Trajetória rumo ao desconhecido, O regresso, A jornada e O homem anônimo.

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