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Entrevista: Juliana Curvellano apresenta exposições no RJ

A curadora das exposições Invisível e Ouro Líquido comenta sobre o evento que promove diálogo e reflexão entre a essência da água e a vida urbana.

Foto da curadora e entrevistada Juliana Curvellano.

Ontem (4/4) a Korb Galeria estreou a exposição coletiva Ouro Líquido e a individual Invisível, de Fernando Bianchi, no Centro Cultural Correios RJ.

Essas exposições contrapõem visões concretas e urbanas de uma cidade como São Paulo, com a essência da água em seus mais diversos simbolismos, importância vital e ambiental.

Com curadoria de Juliana Curvellano, as exposições ocorrem até o dia 11 de maio, de terça a sábado, das 12h às 19h.

Mas, afinal, quem é Juliana Curvellano?

Nascida no Rio de Janeiro em 1988, Juliana Curvellano vive e trabalha entre o Rio de Janeiro e Reggio Emilia, Itália.

Formada em Design de Moda em Paris, cursou História da Arte e Teoria da Arte Contemporânea na EAV Parque Lage.

Juliana também obteve conhecimentos em Gestão de Galerias de Arte no Sotheby ‘s Institute of Art em Nova Iorque, e concluiu um Mestrado em Mercado de Arte Contemporânea na Nuova Accademia di Belle Arti em Milão.

Ao longo de sua carreira, Juliana Curvellano adquiriu experiência trabalhando em galerias de arte no Rio de Janeiro, Nova Iorque e Milão.

A partir de 2015, começou a se envolver na curadoria de exposições e a colaborar com artistas.

Em 2017, deu início ao projeto Noaddress Gallery, uma galeria nômade com um foco especial em artistas emergentes, proporcionando uma abordagem flexível e dinâmica para a promoção destes no cenário artístico contemporâneo.

Agora Juliana se torna curadora das exposições Invisível, de Fernando Bianchi, e a coletiva Ouro Líquido.

E ela nos conta tudo sobre estas exposições e as ideias por trás desses eventos.

Victor Hugo Cavalcante: Primeiro, é um prazer recebê-la no Jornal Folk, e gostaria de começar com a seguinte pergunta: Como curadora, qual é o principal objetivo que você visa alcançar ao apresentar de forma simultânea as exposições Ouro Líquido e Invisível, e qual impacto você espera que elas tenham na audiência e na discussão pública?

Juliana Curvellano: Meu principal objetivo é proporcionar ao público uma experiência diversificada e enriquecedora.

Ambas as exposições abordam temas distintos, a água e a vida urbana, mas têm em comum a capacidade de provocar reflexões sobre questões sociais, ambientais e culturais relevantes.

Victor Hugo Cavalcante: Como surgiu a inspiração para curar simultaneamente as duas exposições mencionadas anteriormente, abordando temas tão distintos, como a água e a vida urbana?

A inspiração para curar simultaneamente essas duas exposições surgiu da vontade de explorar diferentes aspectos da experiência humana contemporânea.

A água e a vida urbana são elementos fundamentais em nossas vidas, e pensei que os apresentar lado a lado poderia criar um diálogo interessante entre esses temas e suas interconexões.

Victor Hugo Cavalcante: Qual foi o critério utilizado na seleção dos artistas participante da exposição coletiva Ouro Líquido e como você enxerga a diversidade de estilos e abordagens em relação ao tema da água?

Na seleção dos artistas para a exposição coletiva Ouro Líquido, o principal critério foi a capacidade de cada artista de oferecer uma perspectiva única e significativa sobre o tema da água.

Busquei diversidade de estilos e abordagens para enriquecer a experiência dos visitantes e ampliar o alcance das reflexões sobre a importância desse recurso.

A diversidade de estilos e abordagens permite uma compreensão mais ampla e holística da questão da água, enriquecendo assim a discussão em torno dela.

Victor Hugo Cavalcante: Em relação à exposição individual Invisível, quais foram os aspectos mais marcantes que influenciaram a escolha das obras de Fernando Bianchi para essa mostra?

A capacidade do artista de capturar a essência da vida urbana de forma autêntica e emocionante.

O trabalho de Bianchi reflete uma sensibilidade única para os detalhes e as nuances do ambiente urbano, proporcionando aos espectadores uma visão profunda e multifacetada da cidade.

Victor Hugo Cavalcante: Como você percebe que as obras expostas na individual de Fernando Bianchi dialogam com o conceito geral da exposição coletiva Ouro Líquido? Há algum ponto de convergência ou contraste notável entre elas?

As obras de Fernando Bianchi dialogam com o conceito geral da exposição coletiva ao explorarem diferentes aspectos da experiência humana em ambientes urbanos.

Embora os temas sejam distintos, ambos provocam reflexões sobre a interação entre o ser humano e o meio ambiente, seja ele natural ou construído.

Essa interconexão entre as exposições cria um diálogo estimulante que amplia as perspectivas dos visitantes sobre questões sociais, ambientais e culturais.

Victor Hugo Cavalcante: Considerando a relevância do tema da preservação ambiental, especialmente em relação à água, quais são as mensagens que você espera transmitir ao público através das obras selecionadas para a exposição Ouro Líquido?

Quero que os visitantes sejam sensibilizados para as questões relacionadas à escassez de água, à poluição e à necessidade de adotar práticas sustentáveis em relação ao uso desse recurso vital.

Espero que as obras inspirem uma reflexão profunda sobre nossa relação com a água e incentivem ações positivas em prol de sua conservação.

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