O desenvolvimento socioemocional das crianças tem ganhado cada vez mais espaço nas discussões sobre educação de qualidade, e o ensino bilíngue surge como um importante aliado nesse processo.
Ao aprender um novo idioma desde cedo, os alunos expandem suas capacidades cognitivas e simultaneamente fortalecem habilidades como empatia, adaptação e comunicação eficaz, essenciais para o convívio social e para a formação de cidadãos mais conscientes e preparados.
É o que aponta Vanessa Codecco, head pedagógica do Twice Bilingual, sistema de ensino bilíngue da Rhyzos Educação:
“Há diversos estudos que apontam que o bilinguismo está associado a uma maior flexibilidade cognitiva e à habilidade de entender diferentes perspectivas. Quando implementado de uma maneira assertiva, crianças bilíngues podem demonstrar maior competência na resolução de conflitos e na tomada de decisões sociais, justamente por estarem mais acostumadas a considerar múltiplos contextos e interpretações”.
Um levantamento de 2023 realizado pela Educa mostrou que a procura das escolas por soluções voltadas para a educação socioemocional cresceu 316% naquele ano, ressaltando o cuidado das instituições com o tema.
Para Vanessa, o ensino bilíngue entra como uma grande opção para este desenvolvimento dos estudantes.
“O contato com uma nova língua envolve mais do que vocabulário, é uma porta de entrada para culturas, valores e formas de ver o mundo. Isso desperta a empatia e a capacidade de se colocar no lugar do outro, o que é fundamental no desenvolvimento socioemocional”, complementa Codecco.
Ainda, a especialista do Twice explica que o ambiente bilíngue estimula a autoconfiança e a autonomia dos alunos ao serem expostos diariamente em situações comunicativas diversas, aprendendo a lidar melhor com a frustração e a buscar soluções criativas para se expressar com mais clareza, seja em português ou na segunda língua.
Outro benefício está na adaptação a contextos multiculturais.
Em um mundo que caminha para se tornar ainda mais globalizado, saber transitar por diferentes realidades culturais desde a infância prepara os estudantes para interações mais respeitosas e colaborativas, reduzindo barreiras sociais.
“As crianças bilíngues desenvolvem uma escuta mais ativa e sensível às diferenças, o que se reflete em comportamentos mais empáticos e cooperativos dentro e fora da sala de aula”, complementa a porta-voz.
“Isso influencia diretamente na maneira como elas lidam com desafios emocionais e sociais ao longo da vida”.
Segundo a American Psychological Association (APA), habilidades socioemocionais bem desenvolvidas na infância estão ligadas a melhores resultados acadêmicos e relacionamentos interpessoais mais saudáveis.
“Investir em um ensino que una conteúdo e formação humana, como o bilíngue, é uma escolha que impacta positivamente o presente e o futuro das crianças”, finaliza Vanessa.