Em 11 de julho, a cantora Daniela Colla lançou o single Bye Bye Tristeza, composição deseu pai Carlos Colla com Marcos Valle, nas plataformas digitais.
A canção repaginada em um feat com o artista Milton Guedes faz parte do EP Daniela canta Colla, projeto que homenageia o pai e chega ao mercado ainda neste segundo semestre de 2024.
Zé Henrique, vocalista da banda Yahoo e parceiro de composição de Carlos Colla, assina a produção do EP ao lado de Ricardo Rodrigues.
Em um universo com mais de duas mil músicas escritas por Carlos Colla, um dos compositores mais versáteis do país, a artista usou a sua memória afetiva como critério para selecionar as quatro músicas do repertório do EP.
E, hoje, ela nos apresenta nesta entrevista exclusiva tudo sobre este projeto musical, suas memórias com o pai e muito mais.
Victor Hugo Cavalcante: Primeiro, é um prazer recebê-la no Jornal Folk. Gostaria de começar com a seguinte pergunta: Você começou a cantar profissionalmente na adolescência. Como essa experiência moldou sua carreira e influenciou suas escolhas musicais ao longo dos anos?
Daniela Colla: O prazer é meu, Victor!
A experiência de cantar profissionalmente durante vários anos na noite foi muito importante, me permitiu ter contato com um vasto repertório nacional e internacional e, certamente, contribuiu para a minha formação musical, juntamente com tudo o que vivenciei em casa, vendo e ouvindo meu pai compor com os parceiros dele.
Victor Hugo Cavalcante: O que motivou a escolha da música Bye Bye Tristeza como o primeiro single do EP Daniela canta Colla?
Minha intuição escolheu Bye Bye Tristeza.
Senti que tinha que ser a primeira música a ser lançada e compartilhei com meus produtores, Zé Henrique e Ricardo Rodrigues, e eles abraçaram a ideia.
Victor Hugo Cavalcante: Como foi trabalhar com Milton Guedes no primeiro single do EP? Pode compartilhar um pouco sobre a dinâmica dessa colaboração?
Foi um prazer e uma honra ter o Milton Guedes como convidado especial nessa música!
Ele é um super artista, tem múltiplos talentos e uma sensibilidade incrível!
Fizemos o convite, ele aceitou, e gravamos a música e o videoclipe (veja o resultado no fim da resposta) no mesmo dia!
Foi um dia corrido, intenso e emocionante!
Victor Hugo Cavalcante: Você mencionou que a música Bye Bye Tristeza tem uma forte memória afetiva para você. Como foi revisitar essa canção e dar a ela uma nova interpretação?
Revisitar Bye Bye Tristeza teve um sabor de adolescência! Deu uma saudade boa.
Dar uma nova interpretação a essa canção foi um desafio gostoso.
Victor Hugo Cavalcante: Além de Bye Bye Tristeza, o EP Daniela Canta Colla inclui outras músicas icônicas. Pode nos contar mais sobre a seleção dessas canções e a importância delas para você?
Escolher apenas quatro músicas para compor o EP foi uma tarefa difícil, mas meu coração me guiou na seleção de algumas que me remetiam a memórias afetivas especiais.
Depois disso, apresentei as canções para os meus produtores e fechamos o repertório.
Cada uma dessas canções tem um significado especial para mim.
Falando Sério, por exemplo, parceria do meu pai com o Maurício Duboc, foi gravada pelo Roberto Carlos e fez parte da minha infância.
Cantei muito essa música quando era pequena e canto até hoje.
Victor Hugo Cavalcante: A produção do EP conta ainda com a participação de Zé Henrique e de sua filha Carol Colla. Como foi o processo de produção e quais foram os maiores desafios e destaques desse projeto?
A produção do EP foi feita com muito carinho e cuidado pelo Zé Henrique e pelo Ricardo Rodrigues, sem pressa.
Cada arranjo foi concebido de forma artesanal e sensível.
Cada músico que participou das gravações agregou muito valor às canções.
Além do feat com o Milton Guedes que já mencionei, as experiências de gravar com o Zé Henrique e com a minha filha foram muito impactantes.
Haja coração!
O maior desafio foi segurar as lágrimas em meio a tantas emoções.
O destaque desse projeto é a homenagem sincera de uma filha para o pai.
Carlos Colla, meu ídolo, o compositor da minha vida e de tantas canções lindas integram seu importante legado artístico e a quem dedico esse EP e o meu amor.
Victor Hugo Cavalcante: Nos fale mais sobre como foi a experiência de gravar Fogão de Lenha com sua filha Carol Colla. Quais emoções e memórias isso trouxe para vocês duas?
Gravar com a minha filha, Carol, uma música do meu pai, foi uma das emoções mais fortes que vivi.
Um mix de saudade, tristeza, amor e alegria.
Uma música que fala de família e mexe com sentimentos muito profundos da gente.
No último Natal que passamos com meu pai, a família toda cantou Fogão de Lenhae essa memória está gravada em nós.
Victor Hugo Cavalcante: O que você espera que o público sinta ao ouvir o EP Daniela canta Colla e qual é a mensagem principal que você deseja transmitir através das músicas desse projeto?
Espero que o público sinta todo o amor e emoção com que essas músicas foram gravadas.
A mensagem principal é a de que a música do amor transcende a finitude da vida.
Victor Hugo Cavalcante: O que o feedback de Marcos Valle sobre a nova versão de Bye Bye Tristeza significou para você?
Marcos Valle é um artista genial, um mestre!
Tenho uma enorme admiração pelo trabalho dele, um autor de grandes clássicos da música brasileira!
Receber esse feedback tão positivo de um dos compositores de Bye Bye Tristeza foi um verdadeiro presente!
Fiquei muito feliz e grata.
Victor Hugo Cavalcante: Você tem uma carreira diversificada, tendo lançado vários álbuns e EPs, além de compor jingles publicitários e fazer backing vocals para outros artistas. Quais foram os momentos mais marcantes dessa trajetória e como eles influenciaram seu desenvolvimento como artista?
Foram muitos momentos marcantes, dentre eles: uma série de shows muito especiais que fiz com meu pai no Vinícius Piano Bar (no RJ); o primeiro CD (a realização de um grande sonho!), lançado no programa da Hebe Camargo e que me trouxe muitas alegrias; o DVD infantil, que gravei depois que a minha filha nasceu, com canções que escrevi para ela; a trilogia de singles autorais, que lancei em 2022, e esse projeto atual em homenagem ao meu pai, Daniela canta Colla.
Cada um dos trabalhos que lancei; cada um dos shows e backing vocals que fiz; cada uma das músicas que compus, foram e são muito importantes para mim e me ensinaram muito sobre a pluralidade do ofício do artista.
