Crédito: Divulgação/Citadel Grupo Editorial
O corpo de uma mulher jovem é encontrado completamente nu, sem vestígios de sangue, pelos e cabelos, próximo ao clube de campo de Nova Esperança.
Este poderia ser apenas mais um caso de assassinato na carreira do inspetor Farias, mas a paz que aquela pequena cidade lhe proporcionava há alguns poucos anos se tornaria um caos.
É com este crime brutal que o leitor é apresentado ao misterioso enredo de Os crimes de Nova Esperança, de Ricardo Fonseca.
Nesta obra, publicada pelo Lucens Editorial (Citadel Grupo Editorial), o protagonista descobre que, até mesmo em uma cidadezinha, desagradar os poderosos pode custar uma vida.
Com o passar das investigações, Farias descobre que aquela não era a primeira moça encontrada na mata sem vida.
Os corpos eram de mulheres com pouco mais de 20 anos, estavam totalmente depiladas e tinham uma pequena cicatriz na virilha, indicando que o sangue havia sido drenado.
“Seu sangue seria derramado num rio,
Os crimes de Nova Esperança, pg. 35
porque o sangue era a sua alma, que, assim,
fluiria livre na natureza, até que renascesse.
Assim ditava a tradição de seu povo.”.
Com uma investigação angustiante, uma tradição ancestral e segredos obscuros no passado da família do personagem, Ricardo Fonseca transforma o próprio leitor em um detetive.
Quem eram aquelas jovens, afinal? Qual o motivo das mortes? E quem, em Nova Esperança, seria capaz de tal atrocidade?
Ao mesclar capítulos entre as investigações de Farias e a história de fundação da cidade, por suíços e quilombolas, o autor mostra que passado e presente podem estar mais conectados do que se imagina.
Lá, a esperança fica apenas no nome, e a felicidade que o agente de polícia depositara em sua cidade natal se transformou em apenas uma coisa: morte.