Written by 11:48 Cultura, Música, Notícias Views: 9

Orquestra Ouro Preto apresenta lendas da Black Music

Grandes clássicos da música negra vão embalar o público em novo concerto da Orquestra que estreia no SESC Palladium.

Foto de uma apresentação da Orquestra Ouro Preto.

A Orquestra Ouro Preto vai entrar no embalo da Black Music.

Dando sequência à série de homenagens a grandes gêneros que vem realizando ao longo de 2023, iniciada com repertórios inteiros dedicados aos clássicos do rock e do jazz, a formação mineira encerra a trilogia celebrativa com o espetáculo Lendas da Black Music, e se volta a um dos momentos mais especiais da história da música do século XX, não só por seu poder sonoro incomparável, mas também por seu papel histórico e mobilizador.

O concerto estreia no dia 18 de novembro, às 20h30, no Grande Teatro do SESC Palladium, e tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Mais que um gênero musical, a Black Music, e suas facetas como o funk e o R&B, representou um grito de resistência contra o racismo nos Estados Unidos.

Criado no fim dos anos 50, tendo seu ápice nas duas décadas seguintes, o estilo se consagrou não apenas pela sua característica dançante, mas também por sua forte identificação com a luta pelos direitos civis da população negra.

Passados mais de 70 anos, a luta contra a discriminação racial e a igualdade de direitos permanece urgente.

Dar visibilidade a esse repertório é enfatizar a força da música em sua máxima potência, embalando corpo, alma e corações, transformando cérebros e realidades, por meio de um repertório representado por ícones como Marvin Gaye, Steve Wonder, Diana Ross, Lionel Richie, entre outros vários grandes nomes da época.

Em Lendas da Black Music, o público é convidado a fazer essa viagem ao tempo, experimentando por meio dos arranjos da Orquestra Ouro Preto a estética e a musicalidade que marcaram gerações nos anos 60, 70 e início de 80, tendo como guia verdadeiros hinos da discografia dos Jackson 5 e seu mais carismático integrante, Michael Jackson, de ABC, I’ll Be There e I Want You Back, chegando a Don’t Stop Until You Get Enough, mostrando a força desse artista que transitou, sempre com sucesso, por tantas décadas de ápice do estilo ao redor do mundo.

E as surpresas não param por aí.

Para abrilhantar a apresentação, a Orquestra Ouro Preto, através do Programa Vale Música, convida ao palco do SESC Palladium, músicos e musicistas dos quatro cantos do Brasil que fazem parte do programa.

Alunos de Belém (PA), Serra (ES), Corumbá (MS) e Brumadinho (MG) se juntarão à formação principal da Orquestra para ecoar toda atitude e groove da música negra.

Uma verdadeira celebração que ignora os limites geográficos e ecoa o sonho de Martin Luther King.

Motown

Os Jackson 5 gravaram 15 álbuns com a gravadora Motown, um dos marcos desse período e uma verdadeira fábrica de fazer hits.

E isso não é apenas uma força de expressão.

Criada em Detroit, cidade reconhecida pelas grandes montadoras automobilísticas, a gravadora funcionava como uma verdadeira linha de produção: foram 240 canções no top 40 das paradas norte-americanas entre 1962 e 1971.

Do soul mais açucarado ao funk mais pesado, todos os estilos de música negra dos EUA foram representados pela gravadora durante o seu auge e, com certeza, alguns desses sucessos estarão presentes no repertório do concerto.

Entre eles: Superstition, de Steve Wonder; You Keep Me Hangin On, com The Supremes; I Heard It Through The Grapevine, de Marvin Gaye e Upside Down, de Diana Ross.

Em um universo tão rico e amplo de possibilidades, novidades e surpresas podem sempre aparecer no repertório a cada nova apresentação.

Coube ao músico e arranjador Fred Natalino, um dos grandes parceiros da Orquestra Ouro Preto na criação de novos repertórios, a missão de criar a atmosfera musical perfeita para o encontro entre a música de concerto e o soul, o funk e o R&B que marcaram a história da música negra nos Estados Unidos.

“Vamos proporcionar ao público o que há de mais essencial nesse repertório: a beleza da canção e melodia das músicas, além de incorporar sua característica dançante. Fazer essas duas coisas de um modo que fique bem marcante na interpretação da Orquestra”, adianta Natalino, que já assinou trabalhos anteriores da formação mineira, entre eles alguns dos maiores sucessos de público e crítica, como os concertos The Beatles, Rolling Stones e A-Ha.

Lendas da Black Music também faz uma ponte com a produção brasileira da época e celebra alguns nomes que definiram os rumos do estilo no país, como Tim Maia e Sandra de Sá.

Para este momento especial, a formação mineira divide o palco com dezenas de crianças do coro do Programa Vale Música Brumadinho.

Crédito da foto principal: Rapha Garcia

(Visited 9 times, 1 visits today)
Close
Pular para o conteúdo