Crédito: Kalle Gustafsson
“Alguém cuja música sutil e cuidadosamente elaborada oferece recompensas aos ouvintes que sabem esperar”.
Foram essas as palavras escolhidas pela Rolling Stone para descrever a forma quase que artesanal como o cantor e compositor sueco José González traduz o seu instinto criativo em produção musical.
E o público brasileiro está na lista daqueles que têm um encontro marcado para experienciar ao vivo a tal recompensa.
De ascendência argentina, o artista tem dois shows confirmados no país: no dia 20 de setembro, ele sobe ao palco do Cine Joia, em São Paulo; no dia 21 de setembro, a apresentação acontece no Circo Voador, no Rio de Janeiro.
Realizados pela 30e, os shows iniciam o período de vendas de ingressos no dia 15 de junho, a partir do meio-dia, na Eventim ou nas bilheterias oficiais.
No momento, José González circula com a turnê do celebrado disco Local Valley (2021), o quarto álbum-solo de sua carreira que chegou seis anos após Vestiges & Claws (2015) e apresentou um artista fiel à essência, mas que sabe se conectar com o novo.
Não à toa, é possível sentir as cordas de nylon dos seus violões ressoarem, enquanto a voz melancólica e doce constrói narrativas imagéticas com trilha sonora embebida no indie folk.
Mas também é possível detectar alguns beats e como a tecnologia se tornou parte do processo criativo.
“Eu me permiti fazer loops de guitarra, assim como pretendo fazer ao vivo com pedais”, diz González.
“Na minha cabeça, eu estava ouvindo como cada faixa se encaixaria com uma orquestra (The String Theory) ou minha banda de cinco integrantes (The Brite Lites), com quem estive em turnê na última década”, ele complementa.
Em um momento em que o showbiz tem mil aparatos, dancinhas e meios de “distração”, José González prova que a música não precisa ser alta para ser ouvida.