Uma das siglas mais comuns no universo das startups é o MVP, um termo acrônimo para Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável em português).
Trata-se de uma estratégia muito utilizada para validar ideias de negócio antes da empresa fazer grandes investimentos financeiros no desenvolvimento do produto final.
Normalmente, ela é considerada muito importante e válida, porém, existem outras questões que precisam estar em jogo além do que é viável.
É o que diz Marilucia Silva Pertile (foto principal), mentora de startups e cofundadora da Start Growth, que cria a máquina de marketing e vendas para fundadores visionários de startups na jornada para o próximo nível, combinando expertise, capital e experiência.
Ela acredita que, além do que é viável, é preciso pensar no que é valioso.
“Tenho ouvido o termo MVE (Minimum Valuable Experience) para definir algo que vai além do MVP. Não se trata de checar se o produto ou serviço é viável, mas se a experiência relacionada a ele é acessível e durável, por exemplo. Ou seja, se é valiosa”, explica ela.
Segundo a mentora de startups, a criação de um MVE precisa considerar alguns pontos principais.
“É preciso conhecer muito bem o cliente ideal, entender as mensagens que o atingem, adequando como a empresa se expressa, e também avaliar gatilhos que podem levar esse público a enxergar valor no que você oferece”, afirma Marilucia.
Para conhecer bem o cliente, a executiva menciona que é preciso que a startup entenda o que esse público quer e usa ao buscar o seu produto ou serviço.
E, para falar com esse cliente, é necessário que a empresa utilize a linguagem e o formato que de fato conversará com ele.
“Não adianta, por exemplo, oferecer uma maquiagem vegana em uma churrascaria ou tentar atrair a atenção do público 60+ através do TikTok. A empresa precisa entender o que dizer, de que forma e em qual canal para atrair o público e oferecer uma experiência valiosa, que combine com ele”, avalia a cofundadora da Start Growth.
No caso da maquiagem vegana, por exemplo, a mentora avalia que oferecer demonstrações em feiras voltadas a ONGs de animais poderia ajudar a ganhar ainda mais tração entre o público potencial.
“É preciso entender o que atrai esse público naturalmente para despertar seu interesse”, acredita Marilucia.
A especialista ressalta que saber como compartilhar o que a empresa deseja dizer é fundamental.
“Em alguns casos, será preciso falar apenas via WhatsApp. Em outras, através do Instagram. É necessário pensar nos pontos de contato que tornarão a experiência ainda mais valiosa e simples, perfeitamente adequada ao público-alvo que você busca”, finaliza.