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Em ritmo de retomada: dormir mal prejudica a volta às aulas

Pedagoga alerta sobre a importância de manter as horas de sono durante as férias escolares, para que o aluno não seja impactado no retorno das aulas.

Imagem ilustrativa de uma criança dormindo na sala de aula.

Os dias de férias são sempre legais, difícil mesmo é conseguir voltar à rotina.

Com menos de um mês do início das aulas, alguns pais sentem mais dificuldade de fazer seus filhos dormirem cedo.

Porém, manter uma rotina regrada de sono faz toda a diferença na hora de retomar os estudos, principalmente para os adolescentes que possuem os vestibulares nesse segundo semestre.

Um bom descanso, cerca de 8 horas por dia, é uma das maiores fontes de energia para o corpo humano.

Não é mito.

Durante o sono, nosso cérebro processa tudo que aprendemos e vimos durante o dia, além de ser o momento em que nosso corpo repõe as energias.

Por isso, a conta é simples: sem energia e com um acúmulo de sono e cansaço, fica mais difícil manter o foco no que está sendo dito pelos professores, além de ser quase impossível fixar a matéria ensinada.

Segundo a pedagoga Marizane Piergentile, diretora da Rede Adventista da região do ABCDM e Baixada Santista, dormir antes das 22h é fundamental, já que é neste período que o corpo produz endorfina e hormônio do crescimento.

Há ainda inúmeros estudos que podem comprovar o menor desempenho dos alunos que acabam trocando o dia pela noite.

“Algumas crianças precisam dormir de 8 a 10 horas. Reduzir o tempo de sono não interfere só na concentração, como também no humor e na disposição das crianças. Tudo isso pode acarretar um mau comportamento, dificuldades sociais e as temidas notas baixas”, explica a pedagoga.

O jantar também deve ser considerado.

“Refeições pesadas ou comer e na sequência ir para a cama podem tirar o sono”, complementa.

Até a luz do ambiente pode interferir na hora de dormir.

Uma dica importante é substituir a lâmpada do abajur por luz âmbar, que induz ao sono.

Além disso, o uso de eletrônicos nos horários que antecedem o momento de dormir causa uma aceleração cerebral.

Para Marizane, o ritmo das crianças segue praticamente o mesmo dos pais, que devem se policiar para não deixar a vida corrida atrapalhar os estudos dos pequenos.

“Existem várias saídas que podem ser usadas. Uma delas é colocar regras, mesmo sem que a criança saiba, em alguns horários, como, por exemplo, o momento de tomar banho e a hora do jantar. Com o tempo, isso se torna parte da rotina e o resultado no desempenho de ensino será visível. Além dos estudos e comportamento na escola, a prática de sono regrado pode melhorar a saúde e o crescimento das crianças”, conclui.

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