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Consequências do estouro da bolha cultural em São Paulo

Descubra como produtoras e companhias teatrais tentam contornar crise causada por cancelamento de shows de grandes nomes e redução de temporada de festivais.

Imagem ilustrativa de uma mão estourando uma bolha.

Recentemente, fomos surpreendidos com o cancelamento de shows de grandes nomes da nossa música popular e o prenúncio de que a bolha de shows no Brasil estourou.

Primeiramente é necessário esclarecer: a vida do produtor cultural jamais foi fácil!

Uma produção teatral ou musical demanda tempo, dedicação e principalmente dinheiro.

Uma vez pronto, o produto cultural precisa ser levado ao público e o tripé tempo, dedicação e dinheiro, reaparecem imponentes, agravados pela concorrência.

A relevância do produto e a exposição midiática que o mesmo atrai, definirá quem terá mais casa cheia para prestigiar o que está sendo apresentado.

Pensando nisso, algumas produtoras, tem procurado caminhos alternativos para continuar a estar presente no cenário cultural.

É o caso da Trinca Produtora, que no dia 14 de junho, uma sexta-feira, estará levando teatro e música à capital paulista, em espaços públicos e com ingressos gratuitos.

Segundo o músico e gestor cultural da Trinca, Alexandre Cuba, “todo artista, em algum momento, respira do coletivo para apresentar seu trabalho solo, pensando em arranjos e formas diferentes de construção de suas criações. Estou neste momento de minha carreira”, justificando seu primeiro show solo, que será apresentado no dia 14 de junho, às 19 horas, na Casa de Cultura Santo Amaro, espaço de manifestações culturais diversas, como o tradicional Samba da Vela.

Falando em artes cênicas, o teatro também vem gratuito no mesmo dia 14, às 20 horas, com a Companhia Ágata de Artes revisitando a vida e obra de um grande escritor.

O Retrato de Oscar Wilde estará no Teatro Flávio Império, outro espaço bastante popular na Zona Leste de São Paulo.

Segundo o diretor da Companhia, Silvio Tadeu, produzir sem patrocínio já faz parte do histórico da companhia, existente há 23 anos.

“Parcerias com espaços públicos, associações, secretarias de cultura, produções criativas e econômicas são muito bem-vindas. O importante é que a arte aconteça”, ele afirma.

Se estourou ou não a bolha de shows e espetáculos no Brasil, o fato é, produtores culturais sempre acharão uma forma de resistir.

Nem mesmo o isolamento social provocado pela pandemia de Covid 19 os impediu, sendo a arte “online” a sua principal forma de expressão.

E se, os preços das atrações andam assustando você, seguem a seguir dois eventos gratuitos.

Para ambos é necessário retirar os ingressos até 30 minutos antes do início, sem necessidade de reservas.

Alexandre Cuba em show solo

Crédito: Instagram

O produtor cultural Alexandre Cuba se apresenta às 19h do dia 14/06 na icônica Casa de Cultura de Santo Amaro, espaço de manifestações culturais populares como o Samba da Vela.

Fundador da banda Cuba & Outras Ilhas, onde mantém uma trajetória organizada e sólida, compositor sensível e competente, traz diversas influências que vão desde Secos & Molhados, Rita Lee, Caetano Veloso, Djavan, além é claro, de suas influências familiares, como seu bisavô Davi Coutinho que foi um importante músico da Banda 7 de Setembro da cidade de São Romão.

Oscar Wilde no Teatro Flávio Império

Crédito: Instagram

A peça teatral O Retrato de Oscar Wilde retorna aos palcos do Teatro Flávio Império, às 20h, dando uma nova oportunidade ao público paulista, de conhecer um pouco da vida e obra de um dos maiores escritores da literatura internacional.

O espetáculo, da Companhia Ágata de Artes, que completa 23 anos de contribuição para a esfera artística e cultural de São Paulo, procura, através da história de vida de Oscar Wilde, trazer uma reflexão da homofobia presente até hoje.

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