O câncer de bexiga é um dos tumores urológicos mais comuns entre os homens, responsável por quase oito mil diagnósticos em 2023, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer, do Ministério da Saúde).
Devido à sua alta incidência, a campanha julho roxo foi criada para conscientizar sobre os sintomas, fatores de risco e a importância de realizar exames preventivos, que permitam diagnosticar precocemente sua existência.
Nesse sentido, os testes genéticos, como os oferecidos pela QIAGEN, possibilitam identificar as mutações responsáveis pelo aparecimento dos tumores, antes mesmo que eles venham a se estabelecer.
É o que explica Allan Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN.
Segundo ele, devido a uma fase inicial muitas vezes assintomática, o diagnóstico do câncer de bexiga já pode ser feito de maneira antecipada e com maior precisão, ao se analisar os genes atrelados ao desenvolvimento da doença.
“Esses exames são indicados aos pacientes com histórico familiar da doença ou que já tenham sido acometidos por outros tipos de tumores ao longo da vida. Nesses casos, ao identificar a predisposição ao câncer de bexiga a partir de um teste genético, é possível acompanhar a possibilidade de seu surgimento com a realização de exames de sangue, de imagem e avaliações constantes desses pacientes. Isso tem um impacto direto na vida das pessoas e, um dia, em larga escala, poderá mudar totalmente a forma que se realizam as políticas de saúde pública no país”, ressalta.
Testes genéticos para o câncer de bexiga avançado
Para os casos avançados ou mesmo irreversíveis do câncer de bexiga, quando as células cancerígenas atingiram outros órgãos, em processo de metástase, Munford explica que a detecção, acompanhamento e controle dos novos tumores é essencial para direcionar esses pacientes a tratamentos personalizados, que permitam aumentar a longevidade.
Nesses casos, entre os testes genéticos disponíveis para encontrar essas mutações, os que apresentam metodologia de PCR em tempo real podem detectar até quatro mutações e duas fusões gênicas em pacientes com câncer de bexiga.
“A PCR em tempo real recorre a uma metodologia muito mais rápida, sensível e precisa quando comparada às gerações anteriores de PCR, o que favorece identificar tratamentos cada vez mais eficazes no combate ao câncer. Uma vez detectada a mutação, é possível iniciar um tratamento com medicamentos combinados, com os princípios ativos capazes de inibir as proteínas relacionadas à rápida progressão da doença”, comenta Munford.
Sintomas e como evitar o câncer de bexiga
O câncer de bexiga geralmente pode ser assintomático nos casos iniciais, mas à medida que avança, provoca o aparecimento de sangue na urina, sensação de dor ou ardência ao urinar, micção frequente além do habitual e fluxo de urina fraco.
Esses sintomas podem ser confundidos com outros diagnósticos, como a infecção urinária, portanto, buscar ajuda e orientação médica é fundamental.
Como os demais tipos de tumor, o câncer de bexiga também é ocasionado por motivos que transcendem os genéticos e pode estar atrelado aos hábitos de vida.
Ter uma alimentação equilibrada, evitar o sedentarismo e o consumo de substâncias como o tabaco, além de realizar com frequência os exames de rotina, consegue ajudar a prevenir e detectar precocemente a doença.
E caso o câncer seja identificado, essas medidas podem ainda contribuir para um tratamento menos traumático e invasivo, evitando a contaminação de outros órgãos e ampliando a longevidade dos pacientes diagnosticados.