Cauan Sommerfeld é um rapper da periferia de São Paulo que teve um início musical precoce, influenciado por seu pai, também rapper.
Aos sete anos, lançou seu primeiro álbum com participações notáveis, como Dexter e NDeeNaldinho.
Sua carreira decolou, com aparições em programas de TV, cobertura da mídia e convites para eventos, incluindo a AACD e o projeto Cypher Kidz.
Ao longo dos anos, continuou a gravar músicas e se destacou na cena musical.
Durante a pandemia, ele e seu pai compuseram um álbum conjunto, Dois, que já acumulou mais de 200 mil reproduções nas plataformas digitais.
Agora ele nos conta tudo sobre sua carreira, seu início, suas influências musicais e muito mais.
Victor Hugo Cavalcante: Antes de tudo, é um prazer tê-lo em nosso site. Gostaria de começar perguntando sobre sua relação com a música e, mais especificamente, como você se conectou com o gênero musical que você propõe em sua carreira?
Cauan Sommerfeld: Eu comecei a cantar com cinco anos, em 2009, por influência do meu pai que canta rap desde 1997.
Eu o via ensaiando e escrevendo e ficava ali do lado até que um dia de tanto ouvir os ensaios eu decorei um trecho da música.
Victor Hugo Cavalcante: Seu primeiro álbum, Pequeno no Tamanho, Grande no Talento, contou com a participação de artistas renomados no cenário do Rap. Como foi a experiência de trabalhar com nomes como Dexter, NDeeNaldinho e a dupla Caju e Castanha em um projeto tão inicial de sua carreira?
Foi incrível, tenho o privilégio de ter músicas com vários dos maiores nomes do rap, aprendi e aprendo muito com eles sempre que a gente se encontra nos shows por aí.
Victor Hugo Cavalcante: Existe uma música de sua autoria que seja particularmente especial ou significativa para você? Se sim, o que a torna especial?
Acho que a minha música com o Chrigor, chamada Tua Família, por falar de família, que é um tema que desperta emoção em qualquer pessoa, seja ela positiva ou não, foi a música que nós mais conseguimos se conectar com o público.
Victor Hugo Cavalcante: Quais músicos o influenciaram e admirou ao longo de sua carreira?
Eu ouço de tudo, minha playlist é uma bagunça. (risos)
Às vezes estou ouvindo Racionais, aí na próxima música já tá tocando J. Balvin, aí na próxima vai para o Arctic Monkeys.
Hoje tem muita coisa boa.
Victor Hugo Cavalcante: No cenário musical brasileiro, você acompanha algum artista com trabalho autoral? E quanto a artistas estrangeiros, algum em particular que tenha chamado sua atenção recentemente?
De artistas brasileiros gosto muito do Rashid, Projota, Emicida, Tribo Da Periferia, MV Bill e Djonga.
Já de artistas de fora gosto do Travis Scott, Kendrick Lamar, Black Plumas, Eminem, Jorja Smith e tem também a Azee que é uma artista de R&B portuguesa que gosto bastante.
Victor Hugo Cavalcante: Você teve a oportunidade de participar de programas de televisão, conceder entrevistas para jornais e revistas, e até mesmo colaborar com a AACD. Como essas experiências influenciaram sua carreira e sua mensagem no Rap?
Foram experiências incríveis, aprendi muito e elas fizeram com que mais e mais pessoas conhecessem meu trabalho.
Victor Hugo Cavalcante: Além de sua carreira solo, você também fez parte do projeto Cypher Kidz, que chamou a atenção da Revista Rolling Stones. Como surgiu oportunidade de participar desse projeto e o que você acredita que ele acrescentou à sua trajetória?
O Cypher Kidz foi uma escola muito importante para mim, inicialmente, ele seria um projeto de apenas uma música, mas como a sintonia deu tão certo que a gente lançou quatro videoclipes e fizemos vários shows por São Paulo.
Victor Hugo Cavalcante: Durante a pandemia, você e seu pai escreveram e lançaram um álbum conjunto chamado Dois. Como a música ajudou você a enfrentar os desafios desse período e como você enxerga o papel da música em momentos difíceis?
Para mim, fazer música é como uma terapia, no início da pandemia me questionava muito se um dia voltaria tudo ao normal, os shows e as sessões de estúdio e para não ficar em casa sem fazer nada eu e meu pai decidimos fazer música.
Apesar do contexto, o processo desde álbum foi bem leve, a gente se permitiu fazer músicas diferentes do que a gente fazia e falar de temas que a gente não falava.
Hoje o álbum Dois tem 253 mil plays no Spotify e nos rendeu três videoclipes, sendo eles Ticas, Sabe Que Eu Gosto e Deixa Acontecer.
Victor Hugo Cavalcante: Como a interação com seus fãs impacta sua carreira como cantor solo? Existe uma experiência especial com um fã que você gostaria de compartilhar?
Sempre me faz bem a interação com os fãs, por mais simples que seja.
Isso me mostra que nunca devo parar de fazer música e que estamos no caminho certo.
Victor Hugo Cavalcante: Para finalizar, o que podemos esperar dos próximos trabalhos, além do que já foi mencionado nas perguntas anteriores?
Tem muita coisa boa chegando por aí, inclusive uma participação especial em uma música nova que não posso revelar ainda, mas vai ser dos melhores trabalhos que já lançamos.
Muito obrigado pelo carinho e respeito com nosso trabalho.
#ÉoRapNegô