O Instituto Burburinho Cultural amplia presença em São Paulo do curso híbrido de desenvolvimento de games Criar Jogos Labs.
Em seu terceiro ano de atividades, com a marca de cinco mil alunos inscritos, 100% gratuito, o projeto alcança pela primeira vez, com formação presencial, moradores de Brasilândia, Osasco e Vila Califórnia, depois de ocorrer nas cidades de Guaratinguetá, Mogi Guaçu e São Bernardo do Campo.
No Nordeste, a cidade de Camaçari, na Bahia, será novamente base para o laboratório, instalado no Instituto Federal da Bahia (IFBA).
Estão disponíveis 100 vagas em cada lab e as matrículas podem ser realizadas pelo site do curso.
As aulas começam em setembro na Associação Camila em Defesa e Valorização da Vida, no Jardim Conceição, em Osasco, na Fábrica de Cultura de Brasilândia, Núcleo Taipas, na Brasilândia, e a E.E. Professora Brisabella de Almeida Nobre, em Vila Califórnia (Todas as vagas desse polo são exclusivas para os alunos da escola).
Na mesma data, o curso tem início no IFBA.
Para marcar o início das atividades, ocorreram dois eventos em SP e BA.
Dia 29 de agosto o evento ocorreu no Teatro da Fábrica de Cultura de Brasilândia, reunindo alunos das três instituições participantes em São Paulo, aonde convidados especiais e representantes do Instituto Burburinho Cultural receberam os novos alunos.
Já no dia 30 de agosto, o encontro aconteceu no Auditório do IFBA — Camaçari.
O Grupo Boticário e a Núclea estão na linha de frente das empresas que seguem com o projeto em seu terceiro ano.
Investir no letramento digital, pela via da iniciação na linguagem dos games, é o diferencial do Criar Jogos Labs.
Impacto social e geração de emprego e renda, além do fomento a novos talentos estão entre os resultados de 2022 até agora.
De acordo com pesquisas recentes, o mercado de games movimenta até R$ 13 bilhões no Brasil e US$ 200 bilhões no mundo.
A questão é ampliar o número de criadores de games, porque o potencial para consumo está em ascensão permanente.
Diretor de projetos do Instituto Burburinho Cultural, Thiago Ramires percebe conquistas se multiplicando.
“O Criar Jogos está se consolidando como o maior curso híbrido do gênero no país, por vários fatores. Desde o início, a gratuidade é relevante para engajar o aluno. Outro ponto fundamental é o fácil acesso ao conteúdo que, sabemos, inclui aspectos técnicos diversos. Mas sempre estamos atentos nesse sentido e, vale mencionar, as novas turmas recebem o curso atualizado. A pedagogia e a estrutura foram reformuladas para melhor fluxo na aprendizagem. O Criar Jogos traz múltiplos acréscimos à educação hoje e vamos continuar avançando”, destaca Thiago Ramires.
A capacitação é, por si, um permanente estímulo à criatividade.
“Os protótipos de games consagram a diversidade. Em Guaratinguetá, uma aluna fez um jogo de aventura, se destacou muito e definiu seguir carreira como designer. Na Bahia, um game, visando servir como material didático para a disciplina História Afro-Brasileira, foi elaborado unindo no roteiro o escritor Machado de Assis e a ativista Angela Davis, e, no Rio de Janeiro, um aluno morador da Mangueira idealizou uma trilogia para entreter bebês e crianças. Ao viabilizar a formação, o Instituto Burburinho Cultural amplia perspectivas e faz sua parte para gerar impacto social”, complementa o diretor de projetos.
Realizado através de videoaulas, com acompanhamento de mediadores em sala de aula, o Criar Jogos Labs conta com módulos tais como Alfabetização Digital, Cultura de Jogos, Roteiro e Narrativa, Programação, Edição de Som, Game Design, Arte e Interface, e Criação de Protótipos.
No encerramento do ciclo formativo, um concurso premia os melhores protótipos de games.
“Difundir o campo de criação dos jogos eletrônicos entre os jovens, gerar conexão entre eles e impulsionar o mercado formam o DNA do projeto. Também estamos desmistificando a ideia de que é impossível tornar mais acessível à atividade de programador de jogos eletrônicos. Como desdobramento, deflagra-se o processo de inovação”, analisa Priscila Seixas, presidente do Instituto Burburinho Cultural.
As pedagogas Luana Lisboa e Patrícia Alves participaram da equipe multidisciplinar que formulou mudanças no conteúdo do curso.
“A alfabetização digital continua sendo o eixo do Criar Jogos. A primeira fase da aprendizagem, chamada de temporada 1, ocorre nos laboratórios presenciais. As outras duas, online”, define Luana Lisboa.
Segundo Patrícia Alves, a reorganização de conteúdo nas videoaulas amplia o fluxo de aprendizagem.
“Também repensamos a carga horária para adequar o tempo em atenção a módulos que podem exigir mais complexidade”, ressalta.
O gamer e desenvolvedor João Vítor Souza fala sobre outras atualizações.
“Ao longo do curso, o aluno vai elaborando o próprio jogo. No modo atual, buscamos parâmetros mais próximos da indústria de criação. O conteúdo dos vídeos que apresentam cada módulo é inédito. Também é um diferencial para o aluno ferramentas como Piskel, que facilita o uso da Pixel Art, todos com download gratuito”, destaca João Vítor Souza, à frente do grupo que responde pelas interfaces atuais do Criar Jogos.
“Cada vez mais, o Instituto Burburinho Cultural reafirma o objetivo de consolidar seus projetos no tripé Educação, Cultura e Tecnologia, com a perspectiva de reduzir desigualdades sociais”, complementa Priscila Seixas.
O Instituto Burburinho Cultural é sediado no Rio de Janeiro, com colaboradores por todo o país e fora do Brasil.
Além do Criar Jogos, realiza projetos como o Engenhoka e Proje7o Arco-Íris.
O Criar Jogos Labs é um projeto viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Grupo Boticário e Núclea, realização do Instituto Burburinho Cultural e Ministério da Cultura, Brasil, União e Reconstrução, Governo Federal.