Nos últimos dias, o Rio Grande do Sul novamente enfrenta uma situação crítica com fortes chuvas e enchentes que atingem o estado, resultando em uma situação de calamidade pública com cidades devastadas pela água, milhares de pessoas desabrigadas e que perderam suas residências, entre outros bens materiais.
À medida que a água continua atingindo os níveis de inundações, os gaúchos enfrentam não apenas a perda de seus pertences, mas também riscos à saúde com as possíveis contaminações de doenças infecciosas, de pele, vetoriais, problemas respiratórios e impactos psicológicos.
Além disso, devido aos alagamentos, o deslocamento da população também foi afetado e a telemedicina pode ser alternativa para atendimentos médicos e consultas online.
Segundo o médico gestor do aplicativo de telemedicina via chat, Olá Doutor, Rafael Machado, o contato com a água, além de representar uma ameaça imediata de afogamento, também pode desencadear uma série de outros perigos para a saúde da população.
“O contato prolongado com a água suja pode resultar em diversas infecções, enquanto a umidade e o mofo podem também agravar casos de asma, bronquite e alergias respiratórias”, explicou. Entre as possíveis doenças está leptospirose, hepatite A, doenças diarreicas agudas, entre outras.
Outro alerta do médico, é para o aumento do número de mosquitos nas áreas inundadas.
“Os insetos tendem a proliferar com o acúmulo de água parada e suja. Isso também é um potencial para agravamento das doenças transmitidas pelos mosquitos, como Chikungunya, febre-amarela e a Dengue, por exemplo, que já está em uma crescente preocupante”, afirmou Rafael.
Diante das ruas alagadas e da dificuldade de deslocamento, a telemedicina emerge como uma solução rápida e conveniente para quem necessitar de atendimento médico em casos não emergenciais.
Através da telemedicina, os pacientes podem acessar consultas médicas remotamente, receber orientações sobre cuidados de saúde e até mesmo obter prescrições de medicamentos, atestados, pedidos de exames e laudos sem a necessidade de saírem de suas casas.
“O atendimento assíncrono, via chat, para esses momentos é ainda mais eficiente em questão de viabilidade, pois áreas atingidas muitas vezes sofrem com a precariedade de sinal de telefonia e internet. A pessoa necessita apenas do seu aparelho telefônico e uma conexão simples de internet para fazer o contato com o médico. Evitando correr riscos, ter custos e perda de tempo de deslocamentos desnecessários para hospitais, UPAs, clínicas e consultórios, ambientes com alta concentração de pessoas”, pontuou Machado.
Rafael concluiu dizendo que independentemente da situação “é crucial garantir que as pessoas tenham acesso contínuo e facilitado a cuidados médicos”.