A questão dos relacionamentos tóxicos é complexa e atinge pessoas de diferentes idades, classes sociais e formações.
Segundo Paulo Dorta, terapeuta e autor do livro Rota para Sintonia Interior, a maioria das pessoas não percebe imediatamente que está em uma relação prejudicial, mas existem sinais claros que podem indicar um relacionamento tóxico.
Abaixo, ele aponta cinco sinais para identificá-los e maneiras de enfrentá-los.
Desequilíbrio de papéis e tarefas domésticas
De acordo com Dorta, as pessoas tendem a entrar em relacionamentos amorosos, levando relacionamentos pessoais, familiares e até religiosos que perpetuam a ideia de que uma mulher, em particular em um modelo de relacionamento heteronormativo, deve servir o parceiro.
Esse papel imposto inconscientemente faz com que a divisão de responsabilidades e tarefas domésticas se torne desigual, especialmente quando o parceiro possui uma atenção mais tradicional.
Esse desequilíbrio pode causar frustração e ressentimento, transformando o relacionamento em algo tóxico.
O terapeuta alerta que é fundamental conversar abertamente sobre divisão de tarefas para estabelecer uma parceria equilibrada.
Medo do desconhecido
Muitos permanecem em relacionamentos tóxicos por medo de enfrentar o que vem após o término.
Enfrentar o julgamento de familiares, amigos e até da própria sociedade é um desafio, especialmente para quem continua vinculado a opiniões religiosas ou normas sociais.
O medo de ficar só também é um grande impeditivo.
Paulo Dorta orienta que o autoconhecimento e a reflexão sobre os medos pessoais são passos importantes para se libertar de uma relação prejudicial.
Esperança de mudança no parceiro
Dorta observa que a esperança de que o parceiro mude é uma das principais razões pelas quais as pessoas permanecem em relações tóxicas.
Muitas pessoas acreditam que pequenos gestos indicam uma transformação futura que, segundo o terapeuta, raramente acontece.
O especialista aconselha que em vez de esperar mudanças no outro, foque em fortalecer sua própria autoestima e autonomia emocional.
Dependência emocional e financeira
A dependência pode ser emocional, financeira ou até energética, e impede que muitas pessoas saiam de uma relação prejudicial.
Isso é especialmente comum em situações em que uma pessoa sente que precisa de parceiro para validação ou sustentação, ou que não conseguiria se sustentar sozinha.
Dorta fala que ao desenvolver sua independência e buscar suporte emocional fora do relacionamento, uma pessoa se sente mais fortalecida para enfrentar uma possível separação.
Baixa autoestima
Relacionamentos tóxicos são fortemente alimentados pela baixa autoestima.
Pessoas que não se valorizam ou que têm uma autoimagem negativa podem se sujeitar a condições ambientais acreditando que não merecem coisa melhor.
O terapeuta recomenda buscar ajuda para trabalhar a autoestima e fortalecer a própria identidade, essencial para tomar decisões que priorizem o próprio bem-estar.
Dados alarmantes
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de uma em cada três mulheres já sofreram algum tipo de violência em casa, o que muitas vezes é um sinal de uma relação abusiva e tóxica.
Identificar esses sinais e buscar apoio emocional, seja através de terapias ou grupos de apoio, pode ser o primeiro passo para uma vida mais saudável e equilibrada.
2ª Semana de Estudos em Sintonia
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