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SESC Carmo debate corpos e direito à cidade em SP

Projeto gratuito promove reflexões sobre violência, desigualdade e saúde mental, reunindo especialistas em encontros presenciais e online.

Montagem com fotos dos participantes e mediadores dos eventos apresentados no projeto do SESC Carmo.

No coração da maior cidade da América do Sul, quem pode circular livremente e quem precisa negociar sua permanência nos espaços urbanos?

Essas são algumas das perguntas que norteiam o projeto Questões Centrais, realizado pelo Canto Baobá, em parceria com o SESC Carmo.

Composto por bate-papos, oficinas e um curso, o projeto propõe reflexões sobre violência, desigualdade, saúde mental e os atravessamentos de raça, classe, gênero e sexualidade na vivência urbana.

As atividades são gratuitas, abertas ao público a partir de 16 anos, e reúnem nomes de diferentes áreas do conhecimento e da militância para pensar os corpos que habitam — ou são expulsos — do centro da cidade.

Programação do projeto

Salloma Salomão, Reginaldo José (UNAS Heliópolis) e Estela Aguiar participarão do bate-papo presencial Quem tem medo da cidade? (Crédito: Divulgação).

A programação começa no dia 15/7 com o bate-papo presencial Quem tem medo da cidade?, das 18h30 às 20h, no Restaurante (térreo), reunindo Salloma Salomão e Reginaldo José (UNAS Heliópolis), com mediação de Estela Aguiar.

O bate-papo traz ao evento uma discussão sobre pertencimento, desigualdades e o direito à cidade e sobre quem pode ocupar os espaços urbanos sem medo.

Salloma Salomão é multiartista, pesquisador e educador afro-mineiro, doutor em História pela PUC-SP.

Atua na criação e gestão de projetos culturais, de articulação institucional e de formação de educadores, com ênfase em teatralidades negras e musicalidades afro-brasileiras.

Reginaldo Jose faz parte da diretoria ampliada da UNAS, é o coordenador da Rádio Comunitária Heliópolis e gestor do projeto Observatório de Heliópolis — D’Olho na Quebrada.

Já a mediadora Estela Aguiar é jornalista com passagens pela Agência Mural, CNN e Mina Bem-estar.

Ela acredita que “dá ponte para cá, o jornalismo é revolucionário” e também é apaixonada por carnaval, filmes e séries.

Entre 16/7 e 5/8, acontece o curso online A luta de corpos dissidentes, sempre às terças e quartas, das 18h30 às 20h30, via Zoom, com Ana Albuquerque, Douglas Félix e Isabela Venturosa, mediado por Juliana Ribeiro.

A luta de corpos dissidentes faz um mergulho na trajetória dos movimentos negros e LGBTQIAPN+, com foco em identidade, interseccionalidade e políticas públicas (Crédito: Divulgação).

Ana Albuquerque é psicóloga, especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho e pós-graduanda em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global e cursa extensão em Neurociência pela PUCRS.

Douglas Felix é psicólogo com os estudos voltados para a área social, passando por temáticas como gênero e sexualidade, direitos LGBTQIA+ e feminilidades, masculinidades, raça e violência pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Isabela Venturosa é doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Estadual de Campinas (PPGAS/UNICAMP), mestra em Antropologia Social e graduada em Ciências Sociais.

A mediadora Juliana Ribeiro é bacharel em Comunicação Social — Jornalismo e pós-graduanda em Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade.

Ainda é pesquisadora independente em comunicação, saúde mental e vulnerabilidades sociais.

As inscrições ficarão abertas de 3 a 18 de julho.

No dia 11/8, das 14h30 às 16h, será realizada a oficina presencial Além do reflexo: máscaras terapêuticas, na Sala 4 (3º andar), com Ana Paula Soares e Rafael Mariposa.

A oficina Além do reflexo: máscaras terapêuticas propõe a criação de máscaras como forma de autoconhecimento e reflexão sobre as diferentes faces que usamos no cotidiano (Crédito: Divulgação).

Ana Paula Soares, psicóloga, com extensão em Saúde Mental e Atenção Psicossocial; Dor Crônica e Acolhimento ao Luto e em Diversidades e Inclusão Social em Direitos Humanos, orienta sua prática clínica pela abordagem da Gestalt-terapia.

Rafael Mariposa é artista visual, bonequeiro e artista educador; formou-se em Teatro pela ETEC de Artes e no curso de Formação Para Atores Através da Máscara no Centro de Pesquisa da Máscara e atende adultos com Síndrome de Down no Espaço Mosaico.

As inscrições da oficina acontecerão entre 28/7 e 11/8.

Encerrando o ciclo, no dia 12/8 ocorre o bate-papo online Quem Pode Circular na Cidade?, transmitido pelo YouTube das 18h30 às 20h, com Dayana Morais, Alessandra Garcia Lucio e Samara Serena, sob mediação de Matheus Gomes.

O bate-papo Quem Pode Circular na Cidade? discutirá sobre barreiras — visíveis e invisíveis — que impedem o acesso pleno à cidade por pessoas dissidentes em gênero, raça e sexualidade (Crédito: Divulgação).

Alessandra Garcia Lucio é mulher preta, graduada em Direito.

Advogada há 24 anos, ela é pós-graduada em Processo Penal e Direito Penal Aplicado, pós-graduada em Direito Público e Direitos Humanos e mestra em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades.

Dayana Morais, consultora especialista em Políticas Públicas e Diversidade, já foi delegada regional da Defensoria Pública, com foco em Diversidade e Igualdade Racial, é ainda líder no Subcomitê de Juventude do Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, em Brasília.

Samara Serena é psicóloga, graduada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo.

Durante sua trajetória profissional, dedicou-se para além da psicologia clínica, psicologia social e comunitária, participando em projetos sociais para a comunidade de Heliópolis, em conjunto com a rede UNAS.

Já o mediador Matheus Gomes é formado em Gestão e Tecnologia da Informação, Bacharelando em Ciências Sociais, trabalha com Planejamento Estratégico e dedica seus estudos às vulnerabilidades sociais, de gênero e violências.

O projeto Questões Centrais convida o público a refletir coletivamente sobre quem permanece ou é expulso dos espaços urbanos, reunindo nomes de diferentes áreas como psicologia, antropologia, comunicação, direito, artes e ativismo social para pensar políticas públicas e inclusão.

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