Os rotarianos que fazem parte do Rotary Club de Vera Cruz, no Distrito 4510 do Rotary International, decidiram na última reunião híbrida ordinária, na sede do clube, a se organizarem quanto a campanha internacional em favor da vacinação contra a paralisia infantil (poliomielite), que acontecerá de 27 de maio a 14 de junho, tendo como o Dia D, o dia 8 de junho (sábado).
“Vamos programar ações neste sentido na comunidade de Vera Cruz”, disse o presidente do clube rotário vera-cruzense, o diretor de marketing, Felipe Gonçalves Ragassi Orlando, ao colocar o assunto na pauta da reunião realizada.
“Por se tratar de nossa campanha principal mundialmente, com a The Rotary Foundation, temos a obrigação de fazer algo”, disse o dirigente rotário local.
Conforme o jornalista Márcio Cavalca Medeiros aponta o Rotary International, com a The Rotary Foundation, a fundação dos rotarianos, desenvolvem campanhas específicas sobre a importância da vacinação para combater a paralisia infantil.
“Desde 2016, o esquema vacinal no Brasil contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável (VIP) (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente (VOP) (gotinha)”, explicou o rotariano ao falar da importância da ação local, mesmo o Brasil ter erradicado a doença.
“Há 34 anos, em 19 de março de 1989, o Brasil confirmava o último caso de poliomielite em território nacional, antes mesmo do último registro no continente americano”, lembrou o rotariano.
“A conquista foi possível graças às ações de vacinação em larga escala, que conferiram aos brasileiros a certificação de eliminação da doença, numa ação incansável dos rotarianos”, falou.
Márcio Cavalca Medeiros explica que devido à baixa taxa de vacinação, o Brasil é um dos oito países sul-americanos que apresentam alto risco da volta da poliomielite, segundo relatório divulgado pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) em 2021.
“A transmissão da doença ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar)”, explicou o rotariano que esteve como Governador do Distrito 4510 do Rotary International, Gestão 2011–12, e também é um defensor das vacinas em geral.
“A recomendação é que crianças de até os cinco anos tomem a vacina contra a paralisia infantil (poliomielite)”, alertou o rotariano.
“Além disso, viajantes que irão se deslocar a países onde a doença é endêmica devem receber o imunizante”, acrescentou ao citar os únicos países endêmicos no mundo: Paquistão e Afeganistão.
De maneira gradativa a vacina oral contra a poliomielite, conhecida como gotinha, será substituída em todo o país pela versão injetável, atendendo às novas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
A mudança já ocorreu nos Estados Unidos e em diversos países da Europa.
No Brasil, a aplicação da gotinha começou na década de 1960.
Desse modo, desde 2016, o esquema vacinal contra a pólio era de três doses injetáveis e dois reforços por via oral.
O objetivo da gotinha era reforçar a imunidade contra a doença.
Enquanto a gotinha possui o vírus atenuado, a vacina injetável contém o vírus completamente inativado.