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Quando devo me preocupar com a tosse?

Dr.ᵃ Nathalia Tenório, otorrinolaringologista do Hospital Albert Sabin de São Paulo, fala sobre esse quadro um tanto comum no outono.

Imagem ilustrativa de uma mulher tossindo.

A tosse é um reflexo que tem, por objetivo, expelir muco e materiais aspirados nas vias aéreas.

Geralmente, é desencadeada quando a substância irritativa estimula os tecidos sensíveis.

“No entanto, em alguns casos a tosse pode não ser para proteger as vias respiratórias e sim um sintoma de doença em que algum estímulo provoca uma resposta patológica”, explica a Dr.ᵃ Nathalia Tenório, otorrinolaringologista do Hospital Albert Sabin (HAS).

O aumento no número de casos de pessoas com quadros e crises de tosse, decorrentes de alergias, viroses ou doenças respiratórias aumentam consideravelmente no outono, estação na qual a atenção deve ser redobrada.

A tosse pode ser seca (não produtiva), ou seja, sem secreções ou produtiva, quando acompanhada de catarro.

“É sempre importante estar atento quanto à duração do quadro, pois, no caso de persistir por mais de dois meses, pode se tratar de tosse crônica”, adverte a otorrinolaringologista do HAS.

Quando a duração é menor que esse tempo, na maioria das vezes considera se tosse aguda que, por sua vez, é autolimitada e não necessita de tratamento específico.

O diagnóstico é feito baseado na história clínica do paciente, investigando o tempo de duração da tosse produtiva ou não, febre e outros sintomas associados.

Características de expectoração, se tem caráter sazonal, se existem horários de melhora ou piora, se o paciente é tabagista, presença de outras doenças, exposição a determinadas substâncias e demais fatores são considerados.

Dependendo da história clínica e do exame físico pode ser necessário a realização de exames complementares, como tomografia de seios paranasais ou de tórax, prova de função pulmonar, avaliação de refluxo, testes cutâneos de alergia, entre outros.

“O tratamento é realizado consoante a doença que desencadeia o quadro de tosse, por isso, a importância em investigar e estabelecer a causa se faz extremamente necessária para o bom desempenho terapêutico e a cura do paciente”, finaliza a Dr.ᵃ Nathalia.

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