Implantar uma graduação universitária requer uma série de critérios a serem obedecidos para a liberação ocorrer por parte dos órgãos reguladores.
A cada ano se torna mais rigorosa a avaliação.
Com o curso de medicina da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Alphaville, não foi diferente: diversas etapas precisaram ser cumpridas para que se estivesse consoante às diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), Inep e Conselho Nacional de Saúde.
Com a aprovação do curso e o início das aulas programadas para o primeiro semestre de 2025, as inscrições para o vestibular começaram em 2 de outubro e vão até 7 de novembro.
As provas acontecem em duas fases: a primeira, 14 de novembro; e a segunda, a qual é a etapa das entrevistas, nos dias 28 e 29 de novembro.
A mensalidade é de R$ 11.000.
Liberação para novos cursos de medicina no país
Após cinco anos sem poder aumentar vagas ou abrir novos cursos de medicina, seguindo determinação do MEC, que visava garantir a qualidade da formação dos médicos, no final de 2022, junto a outras instituições de ensino, o Mackenzie abriu processo para que fosse avaliada a liberação da faculdade de medicina pelo órgão educacional.
Durante o ano de 2023, após a queda da moratória e a apreciação do pedido pelo MEC, foram permitidas novas graduações, desde que estivessem conforme as normas do Programa Mais Médicos, que estipulava que novas faculdades de medicina só poderiam ser abertas em lugares que possuíam pouca oferta de profissionais de saúde.
O processo seguiu seu curso normal, com a instituição cumprindo uma série de critérios, investindo na reestruturação do edifício que abriga a nova faculdade, nos equipamentos e laboratórios, foram mais de R$ 42 milhões, até que, em meados de outubro, o curso foi liberado com uma oferta inicial de 60 vagas e aprovado com nota máxima pelo MEC.
“Foi muito importante essa avaliação, que contemplou também o nosso projeto pedagógico, corpo docente e infraestrutura. Recebemos a nota cinco”, contou o reitor da UPM, professor Marco Tullio de Castro Vasconcelos.
Com foco no compromisso social e excelência na formação dos médicos, o reitor conta que foi firmado um acordo com cidades da região: Barueri, Carapicuíba, Osasco e Santana de Parnaíba, em um formato que permitirá à universidade e aos estudantes um diálogo aberto com os médicos e com o próprio serviço público de saúde desses municípios.
“Isso vai garantir que os futuros médicos vivenciem todas as realidades na rede pública. Temos um compromisso com a comunidade e pensamos no benefício social”, ressaltou Vasconcelos.
Sonho antigo da UPM, a medicina Mackenzie chega em um momento em que a região de Alphaville, local escolhido para o curso, experimenta um crescimento intenso, com expansão da construção civil, grandes conglomerados empresariais e a possibilidade de ampliação dos serviços da universidade, que já conta com mais de mil alunos em quatro cursos: Administração, Ciência da Computação, Direito e Sistemas de Informação, além de um colégio mantido pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM).