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Ginecologista explica tudo sobre endometriose

Loreta Canivilo, especialista em reposição hormonal, explica tudo sobre a patologia que afeta cerca de 7 milhões de mulheres no Brasil.

Foto da Dra. Loreta Canivilo, especialista em reposição hormonal.

No dia 7 de maio é celebrado o Dia Internacional da Luta Contra a Endometriose.

O intuito desta data é aumentar a conscientização sobre essa doença que atinge a qualidade de vida das mulheres.

A endometriose é uma condição onde o tecido semelhante ao revestimento interno do útero cresce em lugares fora do útero. Isso pode incluir os ovários, vias urinárias e até mesmo o intestino.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 7 milhões de mulheres no Brasil, que representa aproximadamente 15%, são afetadas por essa condição de saúde.

Esta doença atinge uma a cada dez mulheres em idade reprodutiva, que seria entre 15 e 45 anos.

No mundo, estima-se que 176 milhões de mulheres são impactadas pela endometriose, sendo que metade dos casos de infertilidade feminina são atribuídos a ela.

Os sinais mais frequentes são dores fortes, menstruação pesada e fadiga extrema, que tendem a aumentar durante o período menstrual.

“Dores na hora da relação sexual também é um dos principais sintomas”, conta a ginecologista Loreta Canivilo.

Mulheres que possuem familiares com endometriose tem seis vezes mais probabilidade de desenvolverem a doença.

“Alguns dos fatores de risco são ciclos menstruais frequentes, menstruações que duram muitos dias, menstruar muito cedo, não ter filhos, entre outros”, explica Canivilo.

Para a detecção da endometriose é necessário realizar alguns exames como exame pélvico com toque vaginal e retal, ultrassom, ressonância magnética e laparoscopia.

Tratamento

Além do procedimento cirúrgico, existem outras formas de realizar o tratamento desta patologia.

A gestrinona é a mais indicada em muitos casos.

Sendo um implante hormonal, de natureza sintética, que se assemelha à testosterona, exercendo propriedades androgênicas, antiprogestogênicas e antiestrogênicas.

“Usar a substância de forma ética é maravilhoso, enquanto tivermos profissionais que estiverem fazendo o uso incorreto do hormônio, o tratamento clínico da endometriose fica em risco”, ressalta a Dr.ᵃ Loreta.

Para muitas mulheres que não desejam ou não podem passar por uma cirurgia, o tratamento com gestrinona pode haver uma regressão das lesões e dores.

“No entanto, para cada paciente existe um tipo de tratamento, entre eles tem os anti-inflamatórios, e medicamentos para suprimir a atividade dos ovários. É fundamental analisar e entender os hábitos, como alimentação, atividade física, pretensão de engravidar, entre outras questões”, explica Loreta.

Ela ressalta a importância de um acompanhamento médico para controlar as consequências da endometriose que são muito sérias e prejudicam a qualidade de vida da mulher em âmbito geral.

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