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Dicas de obras nacionais para se ler ainda este ano

Confira as sugestões de oito livros que apresentam diferentes perspectivas do país e que atravessam figuras emblemáticas, problemas sociais e a vida cotidiana.

Imagem ilustrativa de livros empilhados um em cima de outro.

Nos últimos meses do ano, aproveite para conhecer autores brasileiros que trazem uma visão única para diferentes aspectos da realidade do país.

As oito indicações abaixo atravessam temas como cultura, literatura, meio ambiente e momentos históricos, da ditadura militar à Guerra do Paraguai, confira:

1968: Centelhas sobre palha seca (Edvaldo Silva)

Crédito: Divulgação/Edvaldo Silva

1968: Centelhas sobre palha seca narra a aventura do casal Beatriz e Thierry.

Depois de um período na França, a brasileira Beatriz retorna para o Brasil ao lado de Thierry, um jovem pianista filho de imigrantes da Costa do Marfim.

Mas, quando chegam aqui no final da década de 1960, enfrentarão um dos períodos mais turbulentos da ditadura militar.

Ambos se unem à célula 27 do MR8, liderado por Carlos Marighella, e viverão situações de muita resistência.

Ana Preta (J. Londe)

Crédito: Divulgação/J Londe

Na obra Ana Preta, o jornalista e escritor J. Londe reconta a trajetória de Ana Preta, uma mulher invisibilizada pela história oficial do Brasil.

Negra e pobre, ela decidiu acompanhar o marido Zé Mulato durante a Guerra do Paraguai e lutou até o último dia de vida.

Quando o companheiro faleceu, Ana Preta andou a pé de volta para seu lugar de origem com o corpo dele nos braços.

À Beira do Araguaia (Francisco Neto Pereira Pinto)

Crédito: Divulgação/Francisco Neto Pereira Pinto

O Rio Araguaia, um dos maiores do Brasil, atravessa o cenário dos contos escritos por Francisco Neto Pereira Pinto em À Beira do Araguaia.

Os protagonistas das histórias são Ana e Pedro, um casal que atravessa diversos destinos.

Aos poucos, aparecem os filhos Eve e Téo, os gatos Calíope e Dom, tudo isso em meio a diferentes versões do Araguaia.

A casa família está situada na ribanceira do rio, onde as águas fazem fronteira com Goiás, Tocantis e Pará.

O Imortal Machado de Assis (Adelmo Marcos Rossi)

Crédito: Divulgação/Adelmo Marcos Rossi

Pesquisador sobre narcisismo, mestre em Filosofia e graduado em Psicologia, Adelmo Marcos Rossi traz em O Imortal Machado de Assis um olhar inédito para um dos maiores clássicos da literatura brasileira, Machado de Assis.

No livro, ele explica como o autor apresentou uma espécie de psicologia literária e discorreu sobre conceitos da psicanálise antes de Freud.

Poemas de plástico (Pedro Tancini)

Crédito: Divulgação/Pedro Tancini

Os escritos de Pedro Tancini em Poemas de plástico levantam um debate urgente para o Brasil: a questão ambiental.

Com o miolo todo feito de plástico, o projeto físico em si levanta questionamentos sobre a contradição do uso de plásticos: ao mesmo tempo que é tão descartável, dura mais de quatro séculos para se decompor na natureza.

É essa mesma indagação que conecta todos os versos não somente nos sentidos ambiental, político e social, mas também no emocional.

Do Sertão a Hollywood (Eliane Trindade)

Crédito: Divulgação/Matrix Editora

Antes de ganhar o mundo pelas criações desfiladas no tapete vermelho por estrelas como Sofía Vergara, Beyoncé, Ivete Sangalo e Xuxa, a alagoana Martha Medeiros foi vendedora de artesanato, sacoleira, bancária e muambeira.

Essa é a história inspiradora de empreendedorismo feminino, inclusão social e glamour tecida pelas mãos calejadas de rendeiras e da estilista que criou uma marca genuinamente brasileira e internacional, contada no livro Do Sertão a Hollywood.

Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (Lima Barreto)

Crédito: Divulgação/Via Leitura

Publicada em 1919, Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá é uma das obras mais maduras e perspicazes de Lima Barreto.

O romancista oferece um retrato vívido da aristocracia carioca da época, destaca as desigualdades sociais e mostra a injustiça diante da hierarquização.

A narrativa é feita pelo personagem Augusto Machado com base em seus diálogos com aquele que dá título ao livro: Gonzaga de Sá, um intelectual que não se alinha ao meio acadêmico e despreza a política de branqueamento da elite nacional do início do século XX.

O Cortiço (Aluísio Azevedo)

Crédito: Divulgação/Via Leitura

Lançado em 1890, O Cortiço é um retrato das mazelas sociais que atingiam a capital do Império, sob a visão cientificista de um escritor que levou ao extremo a estética realista da época.

O olhar darwinista de Aluísio Azevedo posicionou o romance como a expressão máxima do Naturalismo na literatura brasileira.

No Rio de Janeiro do século XIX, o ambicioso português João Romão põe em prática seu plano de riqueza.

Com trabalho duro, avareza e desonestidade, levanta um conjunto de 95 casinhas: o maior cortiço da região.

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