Crédito da foto principal: Divulgação.
A arquitetura brasileira está em constante evolução e cada vez mais integrada à rotina das pessoas.
Segundo os dados do II Censo dos Arquitetos e Urbanistas do Brasil, a arquitetura de interiores se consolida como a principal área de atuação entre os profissionais, representando 62% da preferência.
Em seguida, aparecem a concepção de projetos (49%) e o acompanhamento de execução de obras (45%).
Esse dado ganha ainda mais relevância diante do cenário global, que projeta um crescimento expressivo para o mercado mundial, que deve saltar de US$ 351,69 bilhões para US$ 485,24 bilhões nos próximos cinco anos, com um crescimento médio anual (CAGR) de 5,35%.
Para o arquiteto André Dias Gonsales, diretor da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (AEAS) (foto abaixo), a arquitetura tem um papel transformador na vida das pessoas.

“A arquitetura, para mim, significa transformar vidas e espaços. Atendemos desde projetos de alto padrão até a regularização fundiária em áreas vulneráveis. Criamos sonhos e realidades”, afirma.
“Ela não é somente estética. Afeta nossas emoções, comportamentos e atividades diárias. Um espaço bem projetado promove qualidade de vida e acolhimento”, complementa o arquiteto.
Apesar da importância do profissional no processo de construção e reforma, André explica que o reconhecimento ainda é parcial.
“O arquiteto precisa ser também empreendedor, lidar com clientes, gestores e trabalhadores gera desafios além da criação técnica, e isso nem sempre é valorizado”, avalia.
Ainda segundo ele, muitos projetos são realizados sem o devido acompanhamento técnico, prejudicando a qualidade e a valorização do trabalho arquitetônico.
Na vivência acadêmica e profissional, essa percepção também existe.
A estudante Milena Maia Almeida (foto abaixo), do 6º semestre de Arquitetura, atua na área de interiores e vê a profissão como um elemento central em sua vida.

“A arquitetura é sensibilidade. Ela une estética, funcionalidade e bem-estar. A maneira como nos sentimos nos espaços influencia diretamente nossa qualidade de vida”.
Milena ainda destaca o papel social e ambiental do arquiteto.
“Cidades bem planejadas podem reduzir enchentes, promover segurança, convívio social e até melhorar o trânsito. O arquiteto contribui para uma urbanidade mais resiliente e sustentável”.
A crescente valorização da arquitetura de interiores é reflexo dessa atenção ao detalhe e à vivência nos espaços.
Mesmo diante de desafios no mercado, como a ausência de acompanhamento técnico em muitas obras, os profissionais continuam a investir em inovação, estética e funcionalidade.
Comemorado em 1º de julho, o Dia Mundial da Arquitetura reforça a importância desses profissionais na construção de cidades mais humanas, sustentáveis e funcionais.
A data é um convite à reflexão sobre como os espaços que habitamos moldam nossas rotinas, emoções e relações sociais.
Continue navegando pelo Jornal Folk e descubra conteúdos que inspiram, informam e conectam diferentes realidades.