A Associação Nacional das Distribuidoras Audiovisuais Independentes (ANDAI) participou de um encontro no Ministério da Cultura, em Brasília.
Juntas, as vinte distribuidoras da entidade lançam em torno de 50% dos filmes brasileiros do mercado.
Entre os representantes do setor estavam Felipe Lopes (Retrato Filmes), Paula Gomes (Olhar Filmes), Debora Ivanov (Gullane+) e Adriana Rattes (Grupo Estação).
No encontro, foram debatidos os desafios e as soluções para ampliar a presença do cinema nacional nas telonas e fortalecer o setor audiovisual.
Entre as demandas apresentadas está o Edital de Comercialização com valor de R$ 60 milhões, já aprovado no PAI 2024, mas ainda não lançado, e a garantia de reserva de recursos para comercialização nos próximos planos anuais de investimento.
A ministra Margareth Menezes destacou as ações que vêm sendo tomadas para mitigar esse gargalo que envolve a distribuição dos filmes brasileiros.
Uma das soluções propostas pelo Ministério da Cultura é a inclusão na pauta da próxima reunião do Comitê Gestor do Fundo Setorial Audiovisual da Chamada de Comercialização.
“Foi uma reunião muito positiva. A ministra e a equipe do governo compreendem a importância da distribuição e circulação do audiovisual brasileiro, garantindo a democratização do acesso à cultura. Houve o compromisso de convocação com rapidez da reunião do Comitê Gestor do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual) visando o lançamento do edital de Comercialização, que era para ter saído em dezembro de 2024. É importante e gratificante ver este espaço de diálogo e construção coletiva de ações para levar nosso cinema ao público”, comenta Felipe Lopes, da distribuidora Retrato Filmes e presidente da ANDAI.
“A ANDAI apresentou as demandas para o nosso setor de distribuição. Identificamos que mais de 150 filmes estão represados sem capacidade de serem lançados por falta de recursos”, explica o vice-presidente da ANDAI, Igor Kupstas, da O2 Play.
Em carta divulgada no começo de 2025, a entidade alerta para a falta de editais de comercialização no FSA por parte da ANCINE (Agência Nacional do Cinema) desde 2018, cenário que coloca em risco o lançamento de centenas de filmes nacionais.