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A epidemia silenciosa da dor lombar

Médico neurologista e especialista em tratamento da dor explica mais da dor que atinge milhões de pessoas e é a principal causa de incapacidade no mundo.

Imagem ilustrativa de uma pessoa com dores na lombar.

A dor lombar, também conhecida como lombalgia primária crônica, se tornou um problema de saúde pública global, afetando a qualidade de vida de milhões de pessoas e tornando-se a principal causa de incapacidade no mundo, conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mais do que um mero incômodo, ela impacta a produtividade no trabalho, as atividades do dia a dia e até mesmo a saúde mental.

A busca desenfreada por um corpo “perfeito”, impulsionada pelas redes sociais e influenciadores digitais, leva muitas pessoas a buscarem soluções rápidas e nem sempre adequadas para alcançar seus objetivos.

Treinos milagrosos, muitas vezes realizados sem acompanhamento profissional, podem resultar em lesões graves, como a dor lombar.

E por conta disso, simplesmente uma má técnica de levantamento de peso pode ser um fator que contribui para o desenvolvimento desse tipo de dor nas pessoas.

O médico neurologista e especialista em tratamento da dor, Marco Nihi, explica que “essa prática inadequada, comum em academias e até mesmo em casa, sobrecarrega a coluna vertebral, causando danos aos discos intervertebrais e músculos”.

Outros fatores de risco

As longas horas em frente ao computador, seja no trabalho ou jogando videogame, também contribuem para o desenvolvimento da dor lombar.

A má postura e a falta de ergonomia são fatores que aumentam o risco de lesões na coluna.

O próprio sedentarismo, que parte da falta de atividade física regular, enfraquece os músculos que sustentam a coluna vertebral, aumentando o risco de lesões.

Atrelado a isso há o excesso de peso corporal, justamente por sobrecarregar a coluna, que acaba aumentando o risco de dores.

Em alguns casos, até mesmo fatores psicológicos como estresse, ansiedade e depressão podem intensificar a dor lombar.

Lombalgia primária crônica em escala global

Segundo a OMS, conforme divulgado no final de 2023, espera-se que os casos de lombalgia aumentem para cerca de 843 milhões até 2050, com o maior crescimento previsto em África e na Ásia.

Nihi alerta ainda para a importância da prevenção e do tratamento adequado da dor lombar.

“É fundamental buscar ajuda médica ao sentir os primeiros sintomas, como dor, rigidez e dificuldade de movimento. O diagnóstico preciso e o tratamento individualizado, que pode incluir fisioterapia, medicamentos e até mesmo cirurgia em casos mais graves, são essenciais para controlar a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente”, enfatiza o especialista.

A OMS também divulgou que a dor lombar é a principal causa de incapacidade no mundo, afetando cerca de 619 milhões de pessoas em 2020.

Esse número representa um aumento de 60% em relação a 1990, demonstrando a gravidade do problema.

Precauções para evitar a dor lombar

  • Consulte um médico ou fisioterapeuta antes de iniciar qualquer programa de exercícios;
  • Mantenha uma postura correta ao sentar-se, seja no trabalho ou em casa;
  • Faça pausas regulares para levantar-se e se movimentar;
  • Pratique exercícios físicos regularmente, sob orientação profissional;
  • Mantenha um peso corporal saudável;
  • Evite fumar;
  • Alivie o estresse.

Lembre-se, a dor lombar não é normal e pode ser prevenida ou controlada com os cuidados adequados.

Consulte um profissional de saúde caso apresente qualquer sintoma.

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