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Black Friday redefine a logística do e-commerce brasileiro

Levantamento realizado pela Lett/Neogrid mostra que a data impulsiona novo modelo de planejamento logístico para outras sazonalidades.

Imagem ilustrativa.

Crédito da foto principal: Imagem ilustrativa via Canva.

A edição de 2024 da Black Friday consolidou um novo patamar de maturidade operacional no e-commerce brasileiro.

Um levantamento da Lett, empresa do ecossistema Neogrid, mostra que o evento registrou taxa média de ruptura de 30%, uma das menores entre todas as datas sazonais analisadas, ao passo que períodos como Carnaval e Páscoa chegaram a 50%.

O resultado reflete o avanço tanto no planejamento de estoques quanto na integração entre varejo e indústria.

O estudo Black Friday 2024 e Sazonalidades no E-Commerce Brasileiro avaliou o comportamento das rupturas de outubro de 2024 a setembro de 2025 com base em dados diários coletados em grandes varejistas online, marketplaces e redes de diferentes segmentos.

A análise aponta que, durante a chamada Black November, o estoque médio dos produtos durou 4,7 dias, enquanto o tempo médio de reposição foi de 3,8 dias, intervalo que indica um sistema em ritmo intenso, mas com resposta mais ágil e coordenada do que em anos anteriores.

Segundo Cynthia Prado Andrade de Menezes, gerente de Customer Success da Neogrid, o desempenho evidencia um processo contínuo de aprendizado do setor.

“A Black Friday tornou-se referência em planejamento e execução no comércio eletrônico nacional. A antecipação de estoques, o uso de dados preditivos e a eficiência nas reposições revelam que o varejo está mais preparado para lidar com picos de demanda”, afirma.

A pesquisa também classificou as categorias de produtos em quatro perfis estratégicos de acordo com a relação entre duração do estoque e velocidade de reposição.

Casa & cia (7,68 dias), bebidas (6,68 dias) e alimentos (5,85 dias) figuram entre as mais resilientes, com baixo risco de indisponibilidade.

Já eletrônicos (3,45 dias), beleza (3,63 dias) e saúde sexual (3,03 dias) estão entre as mais críticas, exigindo maior atenção na reposição e no planejamento de inventário.

Crédito da imagem: Divulgação/Reprodução.

Na opinião de Menezes, o avanço observado na Black Friday deve servir de modelo para outras datas de grande movimentação no comércio eletrônico.

“O desafio agora é estender o mesmo nível de preparo e coordenação para outras sazonalidades, como Carnaval, Páscoa e Dia da Mulher. O equilíbrio entre disponibilidade e velocidade de reposição será determinante para sustentar o crescimento do setor”, destaca.

O estudo da Lett/Neogrid demonstra que o aprendizado operacional das últimas edições da Black Friday contribuiu para reduzir perdas, aumentar a eficiência das promoções e fortalecer a experiência do consumidor.

“A próxima etapa de evolução do e-commerce brasileiro passa por replicar esse modelo de planejamento em todo o calendário promocional, aplicando métricas de performance, estoques de segurança e acordos logísticos mais precisos entre indústria e varejo”, acrescenta Menezes.

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