Crédito da foto principal: Imagem ilustrativa via Canva.
Quem nunca acordou com a sensação de que o corpo “enferrujou” durante a noite?
Dificuldade para fechar as mãos, levantar da cama ou até mesmo escovar os dentes logo ao despertar são queixas comuns, especialmente em dias frios ou após períodos de maior esforço físico.
Segundo a reumatologista Claudia Goldenstein Schainberg (foto abaixo), a rigidez matinal é um sintoma clássico de processos inflamatórios nas articulações e deve ser observada com atenção.

“A rigidez matinal é sempre sinal de inflamação. O que vai determinar a intensidade ou gravidade dessa inflamação é o tempo que o corpo demora para se soltar, para essa rigidez se desfazer”, explica Claudia Schainberg.
Conforme a especialista aponta, rigidezes que melhoram em poucos minutos, como cinco ou dez, costumam indicar processos inflamatórios leves, enquanto casos onde o desconforto persiste por longos períodos, como duas ou quatro horas, sugerem inflamações mais intensas e, muitas vezes, associadas a doenças autoimunes, como artrite reumatoide ou espondiloartrites.
“Muitas pessoas só percebem o problema quando a rigidez começa a atrapalhar tarefas simples: segurar uma xícara de café, amarrar os sapatos ou digitar no celular. Quando o corpo parece precisar de muito tempo para ‘acordar’, isso já é um sinal de alerta. Nesses casos, o ideal é procurar um reumatologista para uma avaliação detalhada. O diagnóstico precoce é fundamental para controlar a inflamação e evitar danos articulares permanentes”, ressalta a médica.
Goldenstein reforça ainda que a automedicação não é recomendada.
“Muitos pacientes tentam aliviar os sintomas com analgésicos ou pomadas, mas isso pode mascarar o problema. O corpo fala e a rigidez é uma forma de alerta. Ignorar ou tentar somente aliviar os sintomas não resolve a causa. O tratamento correto depende da identificação da causa da inflamação e da condução médica adequada.”
O acompanhamento com um especialista, mudanças no estilo de vida e medicações específicas, permite não somente controlar os sintomas, mas também recuperar a qualidade de vida e prevenir complicações.
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