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Problemas financeiros estão entre os principais fatores de risco para o bem-estar emocional dos trabalhadores brasileiros.
Pesquisa recente da Serasa mostra que 84% da população já teve a saúde mental afetada por dificuldades financeiras, enquanto 70% perderam o sono preocupados com dívidas e quase metade deixou de buscar ajuda psicológica por não conseguir pagar consultas.
O tema, cada vez mais presente nas empresas, desafia líderes e equipes de Recursos Humanos a desenvolver políticas de cuidado que integrem saúde mental e saúde financeira.
Na Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), com mais de 2.100 colaboradores em hospitais e unidades de saúde de diferentes estados, o assunto já é tratado como prioridade estratégica.
A área de Gente e Gestão mantém atenção constante aos sinais que indicam vulnerabilidade emocional relacionada a questões financeiras.
Afastamentos médicos por estresse, cefaleias e transtornos psicológicos, mudanças bruscas de comportamento, queda de desempenho e até aumento de solicitações de empréstimos são acompanhados de perto.
“Nosso compromisso é enxergar além dos números. Quando observamos alterações no comportamento dos colaboradores, sabemos que pode haver um problema financeiro por trás e, muitas vezes, é nesse momento que o cuidado com a saúde mental precisa ser intensificado”, afirma Paula Amorim, gerente de Gente e Gestão da FIDI.
Para lidar com esse desafio, a Fundação estruturou um modelo integrado de suporte.
Na frente financeira, mantém parceria com a Creditas e a JAZZ, que oferecem palestras de educação, consultoria de gestão financeira individualiza e orientações, além de disponibilizar benefícios como empréstimos a taxas mais baixas e possibilidade de antecipação salarial.
Já no campo da saúde mental, ampliou o acesso a psicólogos pela corretora ShinLife e à plataforma Zenklub, que conecta os colaboradores a psicólogos e especialistas de forma prática e confidencial.
Essas medidas se somam a práticas consolidadas de gestão de pessoas.
A FIDI realiza pesquisas de clima organizacional a cada dois anos, aplica avaliações semestrais de satisfação (e-NPS) e promove o programa de Educação Corporativa e encontros regulares de líderes para monitorar indicadores e alinhar estratégias.
A Fundação também investe fortemente em capacitação, com mais de 40 mil horas anuais de treinamentos, que fortalecem não somente habilidades técnicas, mas também a segurança emocional e a autoestima dos colaboradores.
Casos de absenteísmo relacionados à saúde mental são monitorados mensalmente pela Medicina do Trabalho.
Embora o vínculo direto com questões financeiras seja de difícil mensuração, a instituição reconhece que o aumento de solicitações de empréstimo é um indicador claro de pressão econômica, reforçando a necessidade de integração entre as duas frentes de cuidado.
Ao posicionar saúde mental e financeira como dimensões complementares do bem-estar, a FIDI reforça seu papel de referência em gestão de pessoas no setor de saúde, apontando caminhos para que outras instituições também ampliem o olhar sobre a vida integral de seus colaboradores.
“Na FIDI, entendemos que saúde mental e saúde financeira caminham juntas. Estar atentos aos sinais que os colaboradores nos dão diariamente, essa é a forma mais eficaz de oferecer suporte e garantir um ambiente de trabalho saudável, produtivo e humano”, completa Amorim.
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