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Mulheres ganham espaço na engenharia, mas desafios persistem

Dados do Confea revelam que mulheres são menos de 20% dos engenheiros no Brasil, mas a participação feminina cresce entre os jovens profissionais.

Foto ilustrativa de duas mulheres engenheiras.

No dia 23 de junho é celebrado o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, uma data que reforça a necessidade de mais inclusão e reconhecimento feminino em uma área historicamente dominada por homens.

De acordo com dados recentes da pesquisa realizada pelo Confea, entre os mais de 1 milhão de profissionais ativos registrados no país, somente 19,54% são mulheres.

É possível observar um avanço expressivo nas faixas etárias mais jovens, as mulheres já representam 1/3 dos profissionais com menos de 30 anos, enquanto entre os com 60 anos ou mais, são apenas 12%.

A média de idade das engenheiras no Brasil é de 38 anos e 36% delas estão registradas há menos de 5 anos, revelando uma renovação promissora no setor.

A presença feminina na engenharia ainda é desproporcional, mas vem crescendo graças à força, à resiliência e à inspiração de mulheres que desafiam estereótipos e trilham caminhos com coragem, a pesquisa também aponta que 54% das profissionais estão na região Sudeste, sendo 29% no estado de São Paulo, destacando a importância dos polos de desenvolvimento e inovação no fomento à participação feminina na área.

Orgulho e representatividade feminina na engenharia

Na AEAS (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba), duas associadas representam com orgulho essa nova geração de profissionais que estão transformando o setor.

A engenheira civil Fernanda Fernandes Silva encontrou sua vocação nas visitas às obras com o pai, que era pedreiro.

“Ficava fascinada com tudo, como as coisas se transformavam e tomavam forma”, relembra. Um momento decisivo em sua trajetória foi a gravidez inesperada durante o segundo ano da faculdade.

“Pensei em desistir, mas persisti e consegui me formar dentro dos 5 anos”, conta.

Hoje, Fernanda sonha em abrir o próprio negócio e ser uma referência na área, inspirando outras mulheres a acreditarem em seu potencial.

Já a engenheira agrônoma Giovanna Souza Pereira dos Santos descobriu sua paixão pelas ciências exatas ainda no ensino fundamental, por meio da robótica.

“Sempre curti colocar a mão na massa, meu gosto por biologia e tecnologia me levou a conhecer a engenharia agronômica”, explica.

A agrônoma se apoia em referências femininas e sonha em conquistar um mestrado e PhD no exterior, trabalhando com pesquisa voltada à sustentabilidade e à valorização dos pequenos produtores.

O Dia Internacional das Mulheres na Engenharia não é apenas uma homenagem, mas também um chamado à ação.

É hora de abrir mais portas, combater o preconceito e reconhecer o talento das engenheiras brasileiras, e por isso a AEAS reforça seu compromisso com a valorização e o protagonismo feminino na engenharia e convida a sociedade a apoiar essa transformação.

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