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Robson Catalunha apresenta experiência imersiva no MACS

Em Anamnesis, o artista explora a memória e a transformação do corpo a partir de uma narrativa não linear, com personagens humanos, híbridos e fantásticos.

Foto do artista Robson Catalunha.

O artista multidisciplinar Robson Catalunha apresenta nos dias 16 e 17 de maio, no Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (MACS), a experiência imersiva Anamnesis, com entrada gratuita.

A obra dá continuidade à pesquisa do artista sobre corpo, espaço e presença, que vem sendo desenvolvida no Brasil e no exterior, com a proposta de unir arte e tecnologia em espaços não convencionais.

“A inspiração surgiu quando li uma notícia sobre um experimento científico que misturava genes humanos com genes de porco para formar um embrião”, conta Catalunha.

“Esse embrião se desenvolveu por três semanas. Foi assim que nasceu a ideia da personagem principal, um homem-porco”.

Anamnesis é fruto de uma trajetória internacional iniciada com a performance O Híbrido,criada por Catalunha em Nova Iorque, no prestigiado The Watermill Center, laboratório de criação do diretor americano Bob Wilson.

A obra foi apresentada também em Mindelo (Cabo Verde), Zagreb (Croácia) e Budapeste (Hungria).

Durante a pandemia, o artista adaptou O Híbrido para um filme em realidade virtual, exibido em mais de 20 países e com destaque nos festivais de Cannes, Torino e Santiago.

O trabalho rendeu uma indicação ao Prêmio APCA, pelo seu caráter inovador.

Em Sorocaba, Catalunha, dirigiu ainda o projeto Entre, também em realidade virtual e exibido no MACS.

A obra contou com a participação de artistas como Douglas Emilio, Daia Moura e Hercules Soares.

Ele também idealizou o Festival de Artes Híbridas (2024), no Parque da Biquinha, que reuniu artistas de múltiplas linguagens.

Em Anamnesis, o artista explora a memória e a transformação do corpo a partir de uma narrativa não linear, com personagens humanos, híbridos e fantásticos.

“O filme propõe um mergulho em memórias, questionamentos e símbolos ligados à filosofia, mitologia, indústria farmacêutica, religiões de matriz africana e intervenções cirúrgicas”, explica.

O elenco conta com nomes como Hamilton Sbrana, Andréia Nhur, Daia Moura e Gui Miralha.

Tambémparticipam os artistas indígenas Gilmara Gonçalves, Reginaldo Trema e Darli Soares, além de uma colaboração especial de Bob Wilson.

A equipe técnica inclui a produtora Sttefania Mendes, o cineasta Bruno Lottelli e o diretor de arte Felipe Cruz.

A experiência é vivida por meio de óculos de realidade virtual e fones de ouvido, permitindo que cada espectador escolha o que observar e construa sua própria narrativa.

“É uma forma de imersão inédita, onde o público deixa de ser apenas espectador e passa a ser parte ativa da obra”, afirma Catalunha.

A produção foi viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do Governo Federal, Ministério da Cultura e Edital SeCult 06/2023 — Seleção de Projetos na Área de Audiovisual.

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