Written by 11:10 Cultura, Notícias, Teatro Views: 15

Espetáculo discute a vida da classe artística em São Paulo

Em cartaz no Teatro Maria Della Costa, o espetáculo Cidade das Máquinas traz texto de Pedro Tudech e apresenta dois artistas discutindo as suas escolhas.

Imagem-montagem com banner de divulgação do evento.

Fundado em 1954 pela atriz Maria Della Costa, Santo Polônio e Itália Fausta, o Teatro Maria Della Costa, localizado na Rua Paim, 72 — Bela Vista — São Paulo, conheceu o apogeu e as dificuldades de se manter um edifício histórico dedicado à produção cultural.

Assumido pela APETESP (Associação dos Produtores Teatrais do Estado de São Paulo) em 1978, por Raul Cortez, presidente da associação na época, o edifício continua sendo um templo “sagrado” do teatro, com uma grade de programação ativa e diversificada.

Em cartaz no mesmo teatro, Cidade das Máquinas se propõe a discutir as dores e delícias de ser artista.

Em cena, um ator-poeta e um artista plástico iniciam o espetáculo discutindo sobre o aluguel atrasado onde moram.

O ator-poeta (à esquerda) é interpretado por Felipe Cantoni, já Rony D‘ Oliveira (à direita) interpreta o artista plástico.
Crédito: Divulgação

Deste ponto, o espetáculo conduz o espectador a refletir sobre a importância do artista em uma sociedade capitalista movida pelo lucro.

Uma curiosa observação: enquanto o artista plástico é cético em relação à vida, o ator e poeta é sonhador.

Mas é impossível não perceber que, na verdade, os dois representam um único personagem, ou seja, o artista que luta a favor dos seus anseios estéticos e busca a própria sobrevivência.

Interessante notar também uma certa influência “chapliniana” a começar pelo título do trabalho, que nos remete ao filme Tempos Modernos, onde as pessoas se tornam parte de uma engrenagem, que os massacra, sem muito espaço para o sensível e o criativo.

O texto de Pedro Tudech teve adaptação de Rony D‘ Oliveira, que também dirige e atua ao lado do ator Felipe Cantoni.

Para se falar da vida de artista, nada melhor do que os próprios artistas.

E Rony D‘ Oliveira assim se define:

“Sempre acreditei na arte, nunca desisti. Minha arte é o que me move e me faz renascer”.

O espetáculo, que está sendo apresentado aos sábados, às 21:30h, e aos domingos, às 19h, fica em cartaz até o dia 24 de agosto.

(Visited 15 times, 1 visits today)
Close
Pular para o conteúdo