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Mônica Rosales bate-papo sobre evento gastronômico Dádivas

Fundadora da Associação São Joaquim apresenta novidades do evento que celebrará a paternidade e também promoverá muita arte, gastronomia e solidariedade.

Foto de Mônica Rosales (esquerda) com Neka Menna Barreto.

A Associação São Joaquim (ASJ) desde 2006 atua pelo envelhecimento digno e pleno de sentido das pessoas idosas.

Mas, qual é o caminho para que cada vez mais pessoas completem o ciclo da vida com dignidade, propósito e sentido e que velhice queremos?

Estas são algumas questões que a associação prega e que nos faz refletir.

A Associação oferece serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para 350 pessoas idosas de Carapicuíba–SP.

O objetivo do trabalho é oportunizar a socialização, o fortalecimento de vínculos, a manutenção da autonomia, a valorização e a garantia de direitos durante o processo de envelhecimento.

E, agora em 2024, a associação comandada por Mônica Rosales (à esquerda na foto principal) fará mais uma edição do Dádivas, seu tradicional evento gastronômico.

O evento intitulado Dádivas do Pai acontecerá no dia 04 de agosto, domingo que antecede o Dia dos Pais, das 13h às 18h, no Sky Hall Terrace Bar, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo–SP.

Essa nova edição celebra os vínculos da força criadora, ancestral, solar e masculina da paternidade presente.

Agora, você poderá conferir uma entrevista exclusiva com Mônica Rosales, onde ela compartilha mais detalhes sobre o evento.

Victor Hugo Cavalcante: Primeiro, é um prazer recebê-la novamente no Jornal Folk, e gostaria de começar com a seguinte pergunta: para mais uma vez celebrar os vínculos, nutrir relações e apoiar centenas de pessoas idosas, a ASJ realizará uma nova edição do evento Dádivas. O que motivou a escolha de homenagear os pais desta vez?

Mônica Rosales: Um dos objetivos do Dádivas, que está em sua 6ª edição, é fomentar as relações afetivas, a convivência criativa e que alimenta vínculos que protegem e melhoram a vida das pessoas.

Convivência é um assunto que surge no horizonte frente aos desafios contemporâneos que enfrentamos no que diz respeito à qualidade e profundidade das relações, que foram evidenciadas pela pandemia.

Nesse sentido, a escolha de homenagear a força masculina e solar foi norteada pela possibilidade de lançar luz para a contribuição que os pais, e de forma mais ampla, essa força masculina que existe em todas as pessoas, dá para a sociedade.

Victor Hugo Cavalcante: Na sua opinião, qual é a importância de celebrar a paternidade no contexto da Associação São Joaquim, considerando o trabalho que vocês realizam com os idosos?

Celebrar a paternidade e a força masculina no contexto da Associação São Joaquim é fundamental por várias razões.

Primeiro, fortalece os laços familiares e promove a valorização da figura paterna, algo essencial para o bem-estar emocional das pessoas idosas e de suas famílias.

Reconhecer a paternidade também ajuda a combater estereótipos e preconceitos, promovendo um ambiente de respeito e inclusão da força masculina no cuidado familiar.

Além disso, destacar a força masculina em atividades de convivência e proteção social pode inspirar outros homens a se envolverem mais ativamente, contribuindo para um ambiente mais equilibrado e solidário.

A paternidade tem um papel fundamental na qualidade das relações familiares, no trabalho que realizamos fica evidente que, quando a força masculina está equilibrada na família, a qualidade de vida melhora significativamente, possibilitando que a velhice possa ser vivida em toda a sua potência.

Victor Hugo Cavalcante: Poderia compartilhar uma memória especial com seu pai e como essa lembrança influenciou a criação da ASJ.

Uma boa memória que tive com meu pai foi quando, aos 80 anos, ele me disse querer deixar um legado, uma fundação.

E assim, a gente viu que ele gostava e se sensibilizava pelas pessoas idosas.

“Dos idosos, ninguém se lembra”, falava ele.

E a gente fundou a Associação São Joaquim.

São Joaquim é o nome da empresa dele.

Depois a gente descobriu que São Joaquim é o padroeiro dos idosos ou o avô do menino Jesus.

Isso me deixou profundamente comovida.

Victor Hugo Cavalcante: Quais são as expectativas para o impacto da nova edição do evento Dádivas na comunidade atendida pela ASJ?

Além do fator já mencionado de celebrar e fomentar o equilíbrio da força masculina nas relações familiares, os recursos mobilizados pelo evento ajudam a manter o atendimento em Centro de Convivência para 350 pessoas idosas, o que tem gerado resultados como o fortalecimento e ampliação de vínculos, o bem-estar físico e emocional, a prevenção e melhora da depressão, melhora da qualidade de vida e da autoestima, a promoção e manutenção da autonomia, o empoderamento e participação cidadã, o acesso a direitos e a valorização das pessoas idosas pela família e sociedade.

Victor Hugo Cavalcante: Quais são os principais desafios enfrentados pela ASJ atualmente e de que forma eventos como o Dádivas contribuem para superá-los?

A sustentabilidade de ações sociais é um movimento contínuo, é um desafio que enfrentamos com estratégias diversas e regulares.

O Dádivas foi criado para alimentar vínculos entre as pessoas e também da Associação São Joaquim com empresas e pessoas físicas doadoras, de forma que possamos, ao longo do tempo, ampliar e manter a comunidade sensível à causa.

Victor Hugo Cavalcante: Além da gastronomia afetiva, o evento oferecerá muita cultura musical e humorística. Conte-nos mais sobre essa novidade.

Os músicos Paulo Padilha e Kim Cortada são pai e filho, uma dupla incrível e de uma sinergia incrível com o propósito do evento.

Neste show, dividem o palco cantando e contando canções que remetem à memória afetiva da dupla, com composições próprias e clássicos da música popular brasileira.

A troca geracional vem sendo cozinhada há tempos nesse caldeirão que une canções de ninar a batidas de rap, passando pela MPB, samba e forró sem preconceitos e com sutileza.

Além deles, teremos o surpreendente Coral São Joaquim com as pessoas idosas do Centro de Convivência e Wellington Nogueira, criador da Doutores da Alegria.

Victor Hugo Cavalcante: Mais uma vez, o menu gastronômico ficará sob a responsabilidade de Neka Menna Barreto e Martin Barrios Casilli. O que podemos esperar deste cardápio afetivo?

Podemos esperar comida viva, orgânica, com sabores e apresentação sempre inusitada.

Martin fará um prato em homenagem a seu pai e Neka sempre cria um banquete gastronômico colorido, leve e extremamente criativo.

Victor Hugo Cavalcante: Na sua opinião, como a gastronomia afetiva enriquece eventos gastronômicos beneficentes como o Dádivas?

Os chefs amorosamente doam seu trabalho e criatividade.

Botam alma no que fazem e no dia estão presentes para servir, trocar, papear.

Isso faz toda a diferença.

Victor Hugo Cavalcante: Para você, de que forma a gastronomia afetiva se alinha com a proposta e missão da Associação São Joaquim?

Há um alinhamento de princípios e valores.

Alimentamos o corpo, a alma e o espírito com amorosidade, verdade, intenção.

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