A artista plástica Mariana Katona e o curador Francisco Camêlo fazem roda de conversa sobre a exposição Até Onde Marca, no próximo dia 15 (sábado), às 14h30, no Centro Cultural Correios RJ, para falar de sua trajetória, das pesquisas sobre o corpo como instrumento de expressão artística, além de sua dedicação a dar forma às suas inquietações sensíveis e conceituais, utilizando uma diversidade de materiais, técnicas e suportes.
Artista de uma linhagem que utiliza o corpo como instrumento, Mariana Katona revela sensações de estranhamento e desenraizamento, refletindo memórias pessoais e familiares em seus trabalhos.
Explorando o corpo e acumulando marcas, fricções e inscrições na pele, suas séries sugerem uma composição de paisagens que lembram teares à espera de serem desenrolados e tecidos.
Até Onde Marca dialoga com a tradição feminina da costura em contraposição ao peso do martelo, reconstruindo memórias e sugerindo relações entre o silêncio do bordado e o ruído do rasgo.
“Ao trabalhar com fios, linhas, pregos e peles, seu corpo machucado pulsa e indica que marcar pode ser outra forma de escrever”, explica Mariana Katona.
“Percorrendo a exposição, os visitantes podem acompanhar os processos de criação de Mariana Katona, sua seleção meticulosa de materiais, seus gestos precisos e as relações que tece entre os trabalhos, revelando a dedicação da artista tanto em dar corpo às inquietações que a movem, quanto em fazer o espectador sentir a força e a dor de um corpo que cria, machuca e poetiza”, diz o curador Francisco Camêlo.
A mostra Até onde marca pode ser visitada até o dia 6 de julho, de terça a sábado, das 12h às 19h, no Centro Cultural Correios RJ.