Inédito no circuito exibidor, o documentário O Sal da Lagoa, dirigido por Denise Marchi e Daniel Almeida, estreia na grade do Prime Box Brazil e em suas plataformas de streaming, a partir do dia 27 de abril da 2024, sábado, às 22h.
O filme é uma imersão na vida de um pequeno grupo de pescadores situado na beira Lagoa dos Patos, no RS.
A baixa ocorrência de salinização nos últimos anos deixa esses homens à mercê de seus destinos.
A realização é da Bactéria Filmes, em coprodução com a Troposfera.
Daniela Israel assina a produção, enquanto Pablo Escajedo é o responsável pela direção de fotografia.
O filme apresenta um cenário pouco explorado no âmbito cultural e artístico do Rio Grande do Sul: as comunidades pesqueiras da Lagoa dos Patos.
Ao longo de 52 minutos, o doc acompanha o dia a dia de pescadores artesanais da cidade de São Lourenço do Sul.
Sem narração ou entrevistas, O Sal da Lagoa segue os trabalhadores dentro e fora de uma embarcação.
Em épocas de seca, o nível de água doce da Lagoa baixa e a água do mar entra pela conexão com o Oceano Atlântico.
Cada vez mais raro, o fenômeno de salinização propicia a entrada da fauna marinha no estuário gaúcho.
Em 2019, a equipe de produção acompanhou este período de grande incerteza na vida de toda uma comunidade.
O filme inicia já em meio à Lagoa dos Patos, nas primeiras horas de uma manhã de verão.
“A ocorrência ou não da salinização determina a diferença entre a fartura e a escassez da pesca”, observa Denise Marchi.
“Em qualquer um dos casos, a rotina árdua dos pescadores permanece a mesma. Ano após ano, sempre há a expectativa de que as coisas deem certo”, complementa.
Além da direção, Denise também divide roteiro e montagem com Daniel Almeida.
Um barco de 12 metros de comprimento, chamado Seival, cruza as águas e o ruído de seu motor quebra o silêncio.
“Ao nos lançarmos para dentro da Lagoa dos Patos passamos a enxergar a prática da pesca como a única coisa ao nosso redor”, relembra Daniel sobre a experiência das gravações.
“Sempre compreendendo que o papel do nosso olhar é trazer o universo desses pescadores para o espectador do filme”, conclui.
Em paralelo às ações da pesca, são apresentados os indivíduos que formam a tripulação em seus cotidianos de trabalho e lazer.
A produção buscou aquilo que há de único em cada um, mas também o que os torna humanos e universais.
Trabalho e esperança são pontos-chave do documentário, mas temas mais abrangentes como educação, família e exclusão social também são levantados.
O Sal da Lagoa tem financiamento do edital Pró-cultura RS FAC #juntospelacultura_2 de 2017, SEDAC, Governo do Estado do RS, e apoio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine-RS).