Junho é conhecido como o Mês do Orgulho LGBTQIAP+.
Este período de celebração também é marcado pela conscientização e luta pelos direitos e igualdade.
Durante o mês, diversos lugares do mundo realizam uma série de eventos, manifestações e atividades que buscam promover a visibilidade.
Você também pode celebrar o respeito e a inclusão com protagonistas que erguem a bandeira da comunidade e trazem a representatividade para a literatura.
Confira as indicações e escolha sua obra preferida:
A Banda Sagrada de Tebas – Escrito por Thiago Teodoro
Quem foram os deuses homossexuais?
No livro A Banda Sagrada de Tebas, o jornalista, escritor e pesquisador Thiago Teodoro apresenta uma perspectiva LGBTQIAP+ para as divindades.
Ele aborda nomes como Pã, Apolo, Dionisio e Zeus, mas também mergulha na mitologia brasileira ao falar de Anhangá, o protetor da floresta, e Acauã, a defensora das mulheres.
Um dos principais objetivos do autor é destacar como a homossexualidade era considerada sagrada e necessária em diversos períodos da antiguidade.
Liberalismo Minoritário: Vida Travesti na Favela – Escrito por Moisés Lino e Silva
A vida na favela é repleta de desafios, mas, para as pessoas LGBTQIAP+, essa rotina pode ser ainda mais árdua.
Porém, mesmo neste cenário de poderes paralelos e liberdades cerceadas, as vivências queer florescem e ganham cada vez mais força.
Esta é a conclusão do professor e pós-Doutor pela Universidade de Harvard, Moisés Lino e Silva, após morar na Rocinha e acompanhar de perto a vida de figuras como a travesti Natasha Kellem no livro Liberalismo Minoritário: Vida Travesti na Favela.
Amores, Marias, Marés – Escrito por Chico Fonseca
O lançamento Amores, Marias, Marés tem como pano de fundo São Luís, a capital do Maranhão, no ano de 1963.
O leitor acompanha a relação amorosa entre duas mulheres que, naquela época, não fazia parte do imaginário coletivo.
No enredo, uma professora recém-casada com um aristocrata se apaixona por uma jovem afrodescendente interessada em estudar a participação dos negros na construção da sua cidade.
Que vença o melhor – Escrito por Z. R. Ellor
Entre os personagens do livro Que vença o melhor está o capitão de torcida e presidente do grêmio estudantil, Jeremy que não vai permitir que se assumir como um garoto trans arruíne o último ano escolar.
Em vez de se esconder, decide concorrer ao título de Rei do Homecoming, o evento anual mais importante do colégio.
O detalhe é que o ex-namorado dele, Lukas, estrela do futebol americano, é um dos principais candidatos a ganhar a coroa.
Com bom humor e delicadeza, Z. R. Ellor aprofunda temas comuns entre os jovens, mas pouco abertamente falados na realidade: a dificuldade de lidar com o luto e o preconceito LGBTQIAP+ na sala de aula.
Meu menino colorido – Escrito por Zenilda Cardozo
A pedagoga Zenilda Cardozo uniu os anos de experiência em sala de aula às vivências pessoais com um sobrinho vítima de homofobia para escrever o livro Meu menino colorido.
Com foco no público pré-adolescente e inspirada na literatura de cordel, a história foca em um garoto que se descobre LGBTQIAP+ e enfrenta o preconceito das pessoas ao seu redor.
Ele pensa em desistir de tudo, mas é salvo pelo amor da mãe.
Um dia de céu noturno – Escrito por Samantha Shannon
Glorian, sucessora do rainhado de Inys, Tunuva, a irmã do Priorado, e Dumai Wulf, amante de dragões, se unem para enfrentar um maligno cuspidor de fogo vermelho conhecido como wyrm.
A obra Um dia de céu noturno: Volume 1 garante uma imersão no matriarcado, protagonismo feminino, representatividade LGBTQIAP+ e temáticas como busca pela identidade, maternidade e relacionamento sáfico.
A história se passa 500 anos antes da duologia O priorado da laranjeira, best-seller de Samantha Shannon, e pode ser lido de forma independente.
Carmilla: a Vampira de Karnstein – Escrito por Sheridan Le Fanu
A obra Carmilla: A Vampira de Karnstein é narrada por Laura, uma jovem que vive isolada com o pai em um castelo.
Mas uma hóspede inesperada despertará os sentimentos amorosos da personagem.
Ao mesmo tempo, a visita causará na protagonista certo terror, ao trazer de volta antigos pesadelos da infância.
Apesar do enredo acontecer em 1872, a autora não esconde a sexualidade da protagonista.
A história de Carmen Rodrigues – Escrito por Ana Luiza Libânio
Carmen já não podia aceitar a situação imposta por um marido negligente e opressor, mas livrar-se dele parecia utopia.
Até descobrir o verdadeiro amor em Clarissa e encontrar a força necessária para viver o sonho de ser empresária e de ter uma família saudável.
Mas, quando o ex-marido resolve tirar a guarda do filho e suas conquistas, a personagem de A história de Carmen Rodrigues precisa contar com os amigos e com a companheira para se reerguer.