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Editora Landmark lança coleção de clássicos da língua portuguesa

Nomes como Machado de Assis, Aluísio Azevedo e Raul Pompeia estão presentes na coleção Essência: Grandes Clássicos da Língua Portuguesa.

Em busca de acompanhar os estudos dos vestibulandos, a Editora Landmark, por meio do selo A+M, lançou no dia 15 de agosto, clássicos da literatura brasileira e portuguesa: O Ateneu, Quincas Borba, Dom Casmurro, dentre outros.

As edições são em tamanho compacto (12cm X 17cm), em capa dura, com textos integrais e completos de cada obra em duas cores.

“Com a nova coleção, a qual será composta por obras essenciais da literatura brasileira e portuguesa, trazendo desde as mais populares em vestibulares até textos menos conhecidos pelo público, o intuito é tornar o estudo dos jovens mais prático, mas também agradar os leitores mais ávidos que necessitam de uma edição mais elaborada de cada livro”, comenta Fábio Pedro-Cyrino, diretor editorial na Editora Landmark, especializada em edições bilíngues de clássicos da literatura mundial.

Com o lançamento da coleção Essência: Grandes Clássicos da Língua Portuguesa, a Editora Landmark apresenta em uma edição mais completa cada uma das dez obras, buscando acompanhar a rotina de estudos dos jovens e os momentos de lazer daqueles que amam literatura.

Conheça abaixo as dez obras do lançamento.

Quincas Borba, de Machado de Assis (1891)

Parte do movimento literário intitulado realismo, que se propõe a analisar as relações humanas de forma mais real, o livro Quincas Borba conta a história de Rubião, um professor de matemática que herda toda a fortuna de seu amigo, o excêntrico filósofo Quincas Borba.

Após a morte do amigo, Rubião passa a viver uma realidade completamente diferente, cercado de luxo, e se torna objeto de manipulação por parte de seus “amigos”.

Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto (1915)

A obra Triste Fim de Policarpo Quaresma narra a história de Policarpo Quaresma, um funcionário público apaixonado pelo Brasil e pelas tradições nacionais.

Por meio da trajetória de Policarpo Quaresma, Lima Barreto faz uma crítica contundente à alienação, à falta de senso crítico e à dificuldade de adaptação de um indivíduo em um contexto social.

O livro é um dos ícones do movimento pré-modernista, transição de escolas como realismo e naturalismo para o modernismo.

O Cortiço, de Aluísio Azevedo (1890)

O Cortiço é um romance naturalista que conta a história de pessoas que vivem em uma espécie de habitação coletiva precária e superlotada, localizada no Rio de Janeiro durante o século XIX.

A história se desenrola em torno de João Romão, um ambicioso comerciante português que, a partir da exploração dos moradores do cortiço, consegue acumular riqueza.

Ao longo da trama, o autor apresenta uma ampla gama de personagens que habitam o cortiço, representando diferentes camadas sociais e etnias de forma crua e realista, a qual é uma das principais características do movimento naturalista.

O Ateneu, de Raul Pompéia (1888)

Parte do movimento realista, o livro O Ateneu acompanha a história de Sérgio, um jovem estudante enviado por seus pais para estudar em um prestigioso colégio interno chamado Ateneu.

Por meio de simbolismos, o texto retrata as tensões e os conflitos existentes na sociedade brasileira do final do século XIX e apresenta uma análise da alma humana e das relações de poder que marcam o ambiente escolar.

Nessa obra, ainda são apresentadas as ilustrações do próprio autor para o livro.

Dom Casmurro, de Machado de Assis (1899)

Sendo uma das obras iniciais do realismo brasileiro, o livro Dom Casmurro confirma o olhar certeiro e crítico que Machado estendia sobre toda a sociedade brasileira.

Trazendo a temática do ciúme, o livro provoca polêmica em torno do caráter de uma das principais personagens femininas da literatura brasileira.

Famoso por sua narrativa ambígua, a obra deixa em aberto a questão da infidelidade de Capitu e a paternidade de Ezequiel.

Essa ambiguidade é uma das características marcantes de Machado de Assis, que explora as contradições da mente humana e a subjetividade da realidade.

Mensagem, de Fernando Pessoa (1934)

De autoria do poeta português Fernando Pessoa, Mensagem é uma compilação de poemas que apresentam uma visão épica da história de Portugal, explorando temas como a identidade nacional, o destino coletivo e o mito do herói.

Por meio da poesia, o livro retrata a trajetória de Portugal desde os tempos antigos até o presente, explorando a relação entre o passado e o presente e a busca por um sentido de identidade nacional e o papel de Portugal no contexto mundial.

Nesta obra também são apresentados textos de autoria do próprio poeta que explicitam o modo de composição, a produção e um breve relato biográfico.

Espumas Flutuantes (1870) e Os Escravos, de Castro Alves (1884)

Outro poeta da lista é o baiano Castro Alves com as obras Espumas Flutuantes e Os Escravos, finalmente reunidas em uma nova edição há tempos desaparecida no mercado editorial brasileiro.

Abertamente abolicionista, o autor, um dos mais importantes poetas do romantismo brasileiro, versa poemas sobre a escravidão, denunciando os horrores e injustiças de um período marcante da história do país.

As obras, importantes legados do romantismo brasileiro, são marcadas pela intensidade lírica, pelos diálogos fortes e pela representação vívida das personagens e dos cenários. 

Iracema, de José de Alencar (1865)

A trama de Iracema se passa durante a colonização do Brasil e retrata os conflitos entre os colonizadores europeus e as tribos indígenas.

Iracema, filha do pajé da tribo dos tabajaras, é destinada a guardar um segredo, mas seu destino se cruza com o de Martim, um português, que se perde nas matas e é acolhido pela jovem.

Entre eles, nasce um amor que desafia as barreiras culturais e sociais da época.

O romance é marcado por uma linguagem poética, retratando a exuberância da natureza brasileira, os costumes indígenas e as paisagens do Ceará.

Brás, Bexiga e Barra Funda (1927) e Laranja da China (1928), de António de Alcântara Machado

As obras Brás, Bexiga e Barra Funda e Laranja da China,publicadas na primeira fase do modernismo, são uma coletânea de contos que retrata a vida cotidiana dos imigrantes italianos em São Paulo.

Trazendo o realismo e a crítica da realidade urbana, os contos exploram os desafios e as adversidades enfrentadas pelos imigrantes em busca de melhores condições de vida.

Os contos abordam questões como o choque cultural, a marginalização, a exploração no trabalho e a luta pela sobrevivência, com uma linguagem rica em expressões típicas do dialeto italiano e em elementos do cotidiano dos imigrantes para conferir autenticidade às histórias e às personagens.

A Ilustre Casa de Ramires, de Eça de Queirós (1900)

Por meio da história de Gonçalo Mendes Ramires, um fidalgo provinciano que vive numa casa ancestral na região de Trás-os-Montes, em Portugal, a obra A Ilustre Casa de Ramires apresenta a complexidade da sociedade portuguesa do final do século XIX, revelando as fissuras e os desafios enfrentados por uma classe social em declínio.

Gonçalo é um personagem idealista, fascinado pela história e pelo passado brilhante de sua família, que busca restaurar a glória dos Ramires através da escrita de um livro sobre a história da casa e de suas memórias.

No entanto, a trama se desenrola em torno dos desafios enfrentados por Gonçalo ao tentar conciliar suas ambições literárias com a realidade, além de intrigas políticas e românticas.

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