A exposição Fios da Vida apresenta a performance Rabo de Pano, com o artista Robson Xavier, no Centro Cultural Correios, no próximo dia 30 (quarta), às 16h30, questionando as relações das masculinidades entre Pai/Filho e os conflitos de gênero, a partir do universo imagético da alfaiataria, abordando a solidão, o descarte e a efemeridade das relações masculinas normativas VS. dissidentes.
Na coletiva Fios da Vida, o fio é apresentado como elemento comum na arte e na cura, mediante trabalhos de diferentes formas, suportes e técnicas, produzidos por arteterapeutas, artistas plásticos e artesãos, com curadoria e coordenação de Márcia Costa, produção de Angela Philippini, assistência de produção e montagem de Fabio Severin, e design de Beatriz Athaíde.
O objetivo é envolver o observador e fazê-lo interagir com esse elemento expressivo potente e múltiplo, que está integrado a uma diversidade de estratégias capazes de produzir efeitos terapêuticos transformadores.
Fios estão presentes no imaginário humano como metáforas para caminhos, vínculos, elos, pertencimentos.
Eventualmente, os fios representam também descaminhos, enredamentos e buscas de sentido.
Expressões presentes no falar cotidiano ilustram essas antigas origens como: ter o “Fio de Ariadne”, perder ou achar “o fio de meada”, a situação “deu um nó”, ficou “enrolada”, ou foi possível “ir de fio a pavio”…
Desses tempos ancestrais surgem outras referências, como destecer para tentar enganar o tempo e as ausências, como Penélope aguardando o retorno de Ulisses.
Caminhando ainda mais para trás, em tempos ainda mais distantes, chega-se à rede de Indra e seu entrecruzamento de fios e materiais preciosos, ou ao Sutra, onde fio é a alegoria da vida.
Na cultura milenar do Japão encontra-se o Aiki Ito, um fio imaginário interligando pessoas que estavam predestinadas em algum momento de suas vidas a se encontrarem.
As inscrições devem ser feitas pelo e-mail pomar@alternex.com.br, enviando nome completo, WhatsApp e e-mail.