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Com a mais robusta programação dos últimos anos, o 34º Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo apresentará 301 filmes, representando 53 países.
Com todas as atividades gratuitas, o evento acontece de 24/08 a 3/09, ocupando 44 salas de cinema e pontos de exibição na Região Metropolitana de São Paulo.
Entre suas principais atrações, o evento traz o último filme do cineasta francês Jean-Luc Godard (1930-2022), Trailer do Filme Que Nunca Existirá: ‘Guerras de Mentira’.
O curta ganha projeção especial ao ar livre acompanhado de O Parto, obra realizada por José Celso Martinez Corrêa (1937-2023) e Celso Luccas em Portugal em 1975.
Uma ampla programação apresenta e discute a recente cinematografia indígena brasileira, com retrospectivas dedicadas a três autores de destaque dessa cena: Olinda Tupinambá, Priscila Tapajowara e Takumã Kuikuro.
O festival programou também obras de outros cineastas indígenas.
Há espaço para uma trilogia realizada por cineastas Yanomami que vai estar no próximo Festival de Veneza e para filmes sobre questões ligadas aos povos originários dirigidos por cineastas não indígenas.
É o caso do inédito Onde a Floresta Acaba, que recupera as viagens com o jornalista britânico Dom Phillips, assassinado na Amazônia, em sessão que será acompanhada pela viúva de Philipps, Alessandra Sampaio.
É farta a presença de atrizes e atores consagradas entre os curtas exibidos no festival.
Entre os nomes mais conhecidos presentes em títulos recentes e em retrospectivas da programação estão Zezé Motta, Elias Andreato, Edson Celulari, Carla Camuratti, Ney Latorraca, Rosi Campos, José Rubens Chachá, Sandra Annenberg, Jonas Bloch e Marco Ricca e Grace Passô.
Diretores com carreira reconhecida assinam trabalhos em pré-estreia mundial, como Gado Novo, de Beto Brant, e Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga, ao lado de obras recentes de Anna Muylaert (O Nosso Pai) e Cristiano Burlan (O Condutor da Cabine).
Há filmes premiados e elogiados nos principais eventos cinematográficos planetários, como os festivais de Cannes, Berlim, Veneza, Locarno e Roterdã.
Ao mesmo tempo, a programação reúne diversos curtas-metragens que abordam questões LGBTQIA+, meio ambiente, negritude, pessoas com deficiência e ativismo político e social.
Responsável por Luminaris, o curta mais premiado de toda a história do cinema, o animador argentino Juan Pablo Zaramella ganha retrospectiva e conversa com o público.
A atriz brasileira Gilda Nomacce, cuja carreira acumula participação em 47 obras, é homenageada.
Já o diretor Djalma Limongi Batista (1947-2023) tem sua inovadora produção de filmes curtos revisitada e discutida em um debate.
A emergente cena audiovisual do interior do estado de São Paulo volta a ser atração no Curta Kinoforum, com obras realizadas na região do Vale do Paranapanema (o inédito Despovoado, Ou Tudo Que a Gente Podia Ser, de Guilherme Xavier Ribeiro), nas cidades de Marília e Vera Cruz (Habitar, de Antonio Fargoni) e Rio Claro (Arrimo, de Rogério Borges).
Uma nova seção permanente é inaugurada este ano, a Mostra Horizontes, com obras recentes, brasileiras e estrangeiras, protagonizadas por personagens e temáticas jovens.
Também com curtas da mais recente safra produzidos em diferentes países, continuam na programação as tradicionais Mostra Limite, com títulos caracterizados pela experimentação e ousadia de linguagem, e Nocturnu – Cine Fantástico e de Horror, uma das prediletas dos jovens cinéfilos que frequentam o festival.
O evento ainda tem nova edição da Mostra Infantojuvenil, com programas voltados a crianças e adolescentes, além de atividades presenciais.
Três retrospectivas reúnem destaques de diferentes momentos da produção brasileira de filmes de curta duração.
Obras clássicas, assinadas por Glauber Rocha e Joaquim Pedro de Andrade, entre outros, estão no programa Curta Cinemateca, que merece projeção ao ar livre na Cinemateca Brasileira.
A Retrospectiva Prêmio Estímulo exibe cópias em película 35 mm de obras paulistas dos anos 1980 e 1990 de cineastas como Tata Amaral, Cao Hamburger, Toni Venturi e Alain Fresnot.
E o programa Favoritos da Crítica (Abraccine) apresenta os dez curtas-metragens brasileiros vencedores da última eleição promovida pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema, a Abraccine.
Encontros e projeções com temas ligados à tecnologia estão na grade de programação, envolvendo os desafios da Inteligência Artificial e a produção para o TikTok e Reels.
A produção realizada em cursos audiovisuais e oficinas audiovisuais estão nos programas Cinema em Curso, CIBA/CILECT – O Cinema das Escolas Latino-Americanas e Oficinas de Realização Audiovisual: Narrativas em Movimento, além do debate A Produção das Escolas de Audiovisual da América Latina, parte do seminário Conexão USP-Kinoforum.
Novos curtas franceses podem ser conhecidos no programa Carta Branca à Unifrance e obras de André Novais Oliveira e Carlos Adriano com duração maior que o padrão do festival, de 25 minutos, estão em Por Uns Minutos a Mais.
O 34º Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo promove ainda uma série de atividades paralelas, como encontros, debates e oficinas, a serem anunciadas.
As exibições e atividades paralelas acontecem no Centro Cultural São Paulo, Cinemateca Brasileira, CineSesc, Espaço Itaú de Cinema – Augusta e Museu da Imagem e do Som.
O circuito Cinema na Comunidade leva títulos do evento a 40 locais da Região Metropolitana de São Paulo, como centros culturais, casas de cultura, ocupações e a Terra Indígena Jaraguá.
Recortes da programação podem ser acessadas em todo o país através das plataformas parceiras Itaú Cultural Play, Porta Curtas, SESC Digital e Spcine Play.
Para a diretora do evento, a produtora Zita Carvalhosa, “na atualidade, convivemos com várias visões de mundo, nem sempre em harmonia. E tantas vozes ainda precisam se fazer ouvidas, o que nos exige disposição para a troca e abertura para o novo. Esse é o território em que vivemos no Curta Kinoforum”.
O 34.º Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Curta Kinoforum é uma iniciativa da Associação Cultural Kinoforum e tem direção da produtora Zita Carvalhosa.
O patrocínio é do Itaú Unibanco, ProAC Editais, Spcine e Casa di Conti.
A realização é da Associação Cultural Kinoforum, SESC São Paulo, Museu da Imagem e do Som, Cinemateca Brasileira, Prefeitura Municipal de São Paulo, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e Ministério da Cultura.